CINEMA

Atriz Eva Wilma é homenageada no Festival de Cinema de Gramado

Primeira noite contou com a exibição de 360, de Fernando Meirelles

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 11/08/2012 às 12:16
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Primeira noite contou com a exibição de 360, de Fernando Meirelles - FOTO: Divulgação
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 A noite de abertura da edição comemorativa de 40 anos do Festival de Gramado, na noite desta sexta-feira (10/08), começou em ritmo de homenagem. O Troféu Cidade de Gramado, entregue à atriz paulista Eva Wilma, 78 anos, foi um momento para celebrar as várias gerações que fizeram o cinema brasileiro. Apesar de não ter feito tantos filmes quanto deveria, Eva Wilma protagonizou pelos menos dois clássicos do cinema nacional realizados nos anos 1960: Cidade meaçada, de Roberto Farias, e São Paulo. S.A, de Luiz Sergio Person.

Estranhamente, imagens dos filmes não apareceram no vídeo exibido em sua homenagem. Durante seu discurso, ela lembrou pioneiros do cinema gaúcho com Eduardo Abelim e P.F. Gastal e falou com alegria das vezes em que esteve em Gramado. Foi um discurso bonito e emocionado da veterana atriz, que é mais lembrada pelo seu trabalho na TV.

Agora repaginado, para tentar vencer problemas financeiros e de perfil, o festival teve sua primeira noite com a badalação de sempre, com muitos fotógrafos e cinegrafistas na área do tapete vermelho. O Palácio do Festival também passou por uma reforma e ganhou poltronas mais confortáveis. Antes da homenagem à Eva Wilma, o público que entrou no cinema – que não lotou, apesar da multidão que estava no lado de fora – assistiu à primeira exibição de 360, o novo longa-metragem de Fernando Meirelles, que apresentou o filme ao lado da atriz Maria Flor. “Ao contrário dos meus longas anteriores, este é um pouco menor, mais intismista”, disse Meirelles.

Na verdade, 360 não é tão pequeno como pensa o cineasta. Com atores de várias nacionalidades, entre eles Anthony Hopkins, Jude Law, Rachel Weisz, Ben Foster e os brasileiros Maria Flor e Juliano Cazarré, o filme é ambicioso em retratar muitos personagens e seus problemas íntimos, como uma moça eslovaca que se prostitui para melhorar de vida, um pai que procura a filha desaparecida, a mulher que trai o marido, etc, etc. Como manda o figurino dos festivais de cinema brasileiros, um problema técnico com um gerador de energia atrasou o início da sessão em mais de 10 minutos.

A noite também teve a exibição do primeiro filme da Mostra Competitiva de Longas-metragens Nacionais. O carioca Matheus Souza, de 24 anos, apresentou seu segundo filme, a comédia teen Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida, que tem no elenco a atriz pernambucana Clarice Falcão. Quando subiu ao palco, o jovem diretor e roteirista disse que teve contas de energia e gás cortadas para poder fazer o seu longa. Brincando com sua imagem, se achando um coitadinho, ele fez a plateia rir com seu jeito um tanto calculado de se expressar. Mas o filme agradou pela criatividade narrativa e os diálogos naturais. Na história, uma estudante de medicina fica indecisa com o curso, já que a família é formada por médicos. A nota chata foi o som que vazava da rua e invadia a sala, o que prejudicou e muito a fruição do filme.

O repórter viajou a convite da organização do Festival de Cinema de Gramado.

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