Retrospectiva

Quentin Tarantino em versão leitura

Paul A. Woods lança coletânea de artigos sobre o cineasta desde sua estreia com Cães de Aluguel

Beatriz Braga
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Beatriz Braga
Publicado em 27/08/2012 às 8:51
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Cena 01: Califórnia, 1980. Quentin Tarantino vive de filmes. O rapaz é o balconista da locadora Videos Archive. Devora-os. Cena 02: Utah, 1992, Sundance Film Festival. Dez minutos de tortura em tempo real a um policial que tem seu rosto fatiado. O filme estreante Cães de Aluguel vira lenda.  Cena 03: O jovem geek conquista o mundo. Corta. Enquanto todo o mundo comprou esse filme, o próprio Tarantino não curtiu o conto de fadas. “Uma vez me descrevi como um geek de cinema numa entrevista. De repente eles criaram uma história de Cinderela”, conta o diretor que sempre soube que teria seu lugar no mundo. E para trilhar a trajetória desse ser excêntrico, Paul A. Woods lançou o livro Quentin Tarantino.

 O livro traz artigos escritos ao longo de sua vida, com atenção para o lançamento de Cães de Aluguel. No filme, seis homens são chamados para um grande assalto. Juntos, devem roubar, matar e jamais confiar. 


 Dois anos depois de Cães de Aluguel, Pulp Fiction foi uma explosão.  Mia (Uma Thurman) é a mulher de um mafioso que deve ser acompanhada por Vicent (John Travolta). Ora, está ali o próprio Travolta, a quem o mundo conhecia pelo jovem Tony Manero de Embalos de Sábado à noite (1977), de volta às telas depois de ter caído no esquecimento. 


Depois do fiasco de Grande Hotel (1995), Jackie Brown (1997) fecha a década com chave de ouro. 

E assim vieramos explosivos Kill Bill, volumes 1 e 2 (2003, 2004), Sin City (2005) – como diretor convidado -, À prova de morte (2007), Bastardos Inglórios (2009) e o esperado Django Unchained (2012).

 

Seu nome virou adjetivo e, não importa sua tentativa de levar a fama do nerd vingado ao cume, o diretor é universal – corta para a cena em que a cópia de Pulp Fiction é encontrada no palácio de Saddam. Cena final: a tortura em Cães de Aluguel, quando o psicopata, agora o próprio Tarantino, pergunta a sua presa, agora seus espectadores: Foi tão bom para você quando foi para mim? .    

O CINEMA SEGUNDO WOODS

“Compre o livro, sente-se na primeira fileira e prepare-se para os borrifos de sangue”. Ler sobre Tarantino é quase tão divertido quanto assistir aos seus filmes. Além de assinar alguns artigos no livro, Paul tem uma lista generosa de livros sobre cinema:  O estranho mundo de Tim Burton, Peter Jackson, from gore to mordor,  Joel e Ethan Coen, The Planet of the apes chronicles, com crônicas sobre o O planeta dos macacosThe very breast of Russ MeyerScorsese e King Kong Cometh.

 

Leia a matéria completa no Caderno C desta segunda (27) 

 

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