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Os filmes imperdíveis do Festival Janela Internacional de Cinema

Confira os destaques da programação desta semana nos Cinema São Luiz e da Fundação

Beatriz Braga
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Beatriz Braga
Publicado em 12/11/2012 às 9:09
Tiago Calazans
Confira os destaques da programação desta semana nos Cinema São Luiz e da Fundação - FOTO: Tiago Calazans
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Para cinéfilo de carteirinha, bom seria se desse para curtir toda a programação do Festiva Janela Internacional de Cinema do Recife. O evento começou na sexta (9) e segue até dia 18. Até lá, uma série de mostras paralelas, longas nacionais e internacionais e curtas da mostra competitiva, um prato cheio para quem gosta de ver filmes em telas grandes. No entanto, algumas programações devem ser destacadas, como os longas pernambucanos, o filme chileno NO, que fez barulho no Festival de Cannes deste ano e clássicos digitalizados imperdíveis, a exemplo de Leopardo, de Luchino Visconti, na emblemática sala do Cinema São Luiz.

Abaixo, os destaques de cada dia da programação desta segunda (12) até sábado (17):

 

Segunda, 12:

18h - Programa Curtas Brasileiros, entre os quais será exibido A onda traz, o vento leva e A vida noturna das igrejas de Olinda dos pernambucanos, respectivamente, Gabriel Mascaro e Mariana Lacerda, no Cinema São Luiz. 

20h - Longa O que se move, do paulistano Caetano Gotardo, no Cinema São Luiz.

 O filme  é a estreia em longa-metragem do diretor, conhecido pelo curta Areia. A trama traz as histórias de três famílias em situações diferentes que precisam lidar com mudanças súbitas em suas vidas, envolvendo alguma perda ou um reencontro há muito esperado. A atriz Fernanda Viana levou prêmio de melhor atriz no festival de Gramado, em agosto. 

Terça, 13:

20h - Exibição do clássico O Leopardo (1963), de Luchino Visconti, no Cinema São Luiz.

Antecipando as celebrações dos 50 anos da estreia em Cannes, a se completar em 2013, o Janela exibe a cópia restaurada de O Leopardo (Il Gattopardo, 1963), dirigido pelo italiano Luchino Visconti.  Baseado no romance homônimo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, o filme é estrelado por Burt Lancaster, Alain Delon e Claudia Cardinale. A produção foi vencedora da Palma de Ouro no Festival de Cannes no ano de seu lançamento e concorreu ao Oscar no ano seguinte.  O filme recria a atmosfera vivida nos palácios da aristocracia durante o Risorgimento - longo processo de unificação dos Estados autônomos que originaram o Reino de Itália, em 1870. 

Quarta, 14:

 

 20h30 - Exibição de Visitantes, de Constanze Knoche, na mostra Paranorama Alemão, no Cinema São Luiz.  

Em uma visita surpresa a Berlim, Jakob e Hanna informam a seus três filhos já adultos que não podem mais continuar ajudando-os financeiramente. Karla, Arnolt e Sonni parecem ter vidas de sucesso na cidade, mas, em um olhar mais cuidadoso, percebe-se que cada um passa por uma crise distinta. Depois de uma grande discussão em família e da dolorosa revelação de algumas mentiras, cada um percebe o quão pouco sabe sobre os outros membros da família.

Quinta, 15

15h – Exibição do clássico Rastros de Ódio, de John Ford (1956), no Cinema São Luiz 

Veterano do exército confederado tem sua vida transformada ao ver a família massacrada e a sobrinha raptada. Um dos clássicos mais renomados de faroeste, consagrado pela direção de John Ford e atuação de John Wayne.

19h30 -Exibição de Esse amor que nos consome, do carioca Allan Ribeiro.

  O filme ganhou prêmio de Melhor Longa no Festival de Vitória – 19º Vitória Cine Vídeo deste ano. Gatto Larsen e Rubens Barbot são companheiros há mais de 40 anos. Eles acabam de se mudar para um casarão abandonado no centro da cidade, onde ensaiam com sua companhia de dança. O dia-a-dia da dupla envolve a criação artística e a crença nos orixás. Através da dança, eles marcam os territórios do Rio de Janeiro. 

Sexta, 16

15h30 - Exibição do filme Na neblina, de Sergei Loznitsa (Russia), no Cinema São Luiz

O filme foi vencedor do prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema no último Festival de Cannes, em maio. A história se passa em 1942, na ex União Soviética ocupada pelos alemães. O inocente Sushenya é preso junto com um grupo de sabotadores. Quando um oficial alemão decide executar todo o grupo, libera Sushenya. Por isso, rumores que ele teria supostamente traído sua nação vão fazer com que sua comunidade passe a desejar vingaça. 

20h - Exibição de Eles voltam, do pernambucano Marcelo Lordello, no Cinema São Luiz. 

O filme dividiu o prêmio principal, de melhor filme de ficção, com Era uma vez eu, Verônica, do conterrâneo Marcelo Gomes, no Festival de Brasília deste ano. Cris, uma garota de 12 anos, e seu irmão mais velho são deixados na beira da estrada por seus pais. Em pouco tempo, eles percebem que o castigo pode se tornar um desafio ainda maior quando embarcam em uma jornada de volta para casa.


22h30 - Exibição do clássico Tubarão, Steven Spielberg (1975), no Cinema São Luiz. 

Exibição em comemoração aos 100 anos do estúdio Universal, em cópia restaurada 4k que estrou no Festival de Cannes deste ano. Um grande tubarão branco começa a atacar os turistas na praia de Amity. O xerife local pede ajuda a um ictiologista e a um velho pescador para caçar o animal. Um dos grandes filmes de Spielberg. 

Sábado, 17

20h - Exibição do longa Doméstica, do pernambucano Gabriel Mascaro.

Sete adolescentes assumem a missão de registrar por uma semana a sua empregada doméstica e entregar o material bruto para o diretor realizar um filme com essas imagens. Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho. O filme está representando o Brasil na International Documentary Film Festival Amsterdam.

19h - Exibição do filme NO, do chileno Pablo Larraín, no Cinema da Fundação.  

O longa, protagonizado por Gael García Bernal, ganhou o Art Cinema Award na Quinzena dos Realizadores, mostra paralela ao Festival de Cinema de Cannes, na França. O filme é baseado em uma peça de teatro do escritor chileno Antonio Skármeta, O Plebiscito. Pinochet, como o filme mostra, se viu obrigado, por causa da pressão internacional, a convocar um plebiscito nacional, celebrado em 5 de outubro de 1988, para decidir se ele continuaria ou não no poder até 1997. O resultado foi de 44,01% para o "Sim" e 55,99% para o "Não".

 Programação completa do festival: https://www.janeladecinema.com.br

 

 

 

 

 

 

 

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