Apesar de contar a história de um personagem gay, não se pode dizer que Yves Saint Laurent seja um filme gay da mesma linhagem de Um estranho no lago e o brasileiro Hoje eu quero voltar sozinho. Filme mais badalado do último Festival Varilux, a biografia do estilista francês, dirigida por Jalil Lespert, também estreia nesta quinta-feira (24/04), no Recife.
Deixando de lado essa peculiaridade, o longa consegue dar uma visão geral da vida do biografado, como também do tempo em que ele viveu. Com elegância, capricho e riqueza de detalhes, o filme conta a ascensão e a queda de Saint Laurent, do período que assumiu a Mansão Dior, em 1957, até o desfile de sua coleção russa, em 1976.
Outro detalhe que pesa a favor do filme é a escolha do ator para interpretar Yves Saint Laurent. Pierre Niney é uma cópia do estilista, com destaque para sua timidez e fragilidade. Guillaume Gallienne, que interpreta seu companheiro, o administrador Pierre Bergé, é outro achado, embora menos óbvio. Apesar de não ser uma biografia livre como Gainsbourg - O homem que amava as mulheres, de Joan Sfar, Yves Saint Laurent é uma versão lado A do seu personagem muito bem feita.