Um dos principais personagens da cultura pop japonesa, o monstro Gojira está de volta à tela grande nesse momento especial em que a riqueza de recursos de computação gráfica torna quase tudo possível. O novo Godzilla (EUA/JAP, 2014), que estreia hoje, marca os 60 anos da primeira aparição da criatura no cinema.
Convencional, o roteiro mantém a estrutura clássica da narrativa desse tipo de aventura e suas principais características apenas atualizando a personificação do medo do perigo nuclear para os tempos atuais, em que a ameaça é mais ambiental do que bélica, como durante a guerra fria.
A primeira aparição de Godzilla foi em 1954, no clássico filme do diretor Ishirô Honda e do produtor Tomoyuki Tanaka, marcado pelos efeitos especiais do então vanguardista Eiji Tsuburaya. Desde então, a nipônica Toho produziu mais de duas dezenas de filmes com o personagem. Em 1998, o cineasta Roland Emmerich (de filmes-catástrofe como Independence day, O dia depois de amanhã e 2012) comandou uma tentativa de atualizar o personagem em longa-metragem estrelado por Matthew Broderick e Jean Reno que recebeu mais críticas negativas do que positivas.
Passados 16 anos, esta nova incursão tem a direção do quase estreante Gareth Edwards, realizador de apenas um longa, o britânico Monstros (2010). Um técnico a serviço do que parece ser o principal intuito deste filme: divertição sem pretensão.
Apesar de datado, porém, o bichão possui um incontável rol de adeptos que ainda se diverte com a fúria dos gigantes e a destruição de tudo por onde eles passam.
Leia a crítica completa na edição desta quinta-feira (15/5) do Caderno C do Jornal do Commercio