Estreia

Filme 'Lucy' é obra síntese de Luc Besson

Heroina da vez do cineasta francês é interpretada por Scarlett Johansson, uma jovem atriz dona do próprio nariz

Marcos Toledo
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Marcos Toledo
Publicado em 28/08/2014 às 0:00
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A ficção científica Lucy (FRA, 2014), que estreia esta quinta-feira (28/8) nos cinemas brasileiros, é uma síntese de tudo (mesmo) - potencializado exponencialmente em termos de qualidade - o que vimos até hoje no cinema do francês Besson, diretor, roteirista e produtor que alçou o cinema de entretenimento francês ao padrão hollywoodiano.

Lucy não seria tão bem-feito se não tivesse uma protagonista à altura, como na maioria dos textos originais de Besson. A personagem-título é aqui interpretada pela atriz americana Scarlett Johansson, que, prestes a completar 30 anos de idade, vive um momento especial em sua trajetória profissional de exatas duas décadas. Uma artista que, ainda tão jovem, demonstra um precoce domínio de sua carreira ao ponto de se dar ao luxo de conciliar seu status de beldade com personagens que desconstroem (ou reconstroem) exatamente esse estereótipo.

E quando falamos sobre a escolha de uma protagonista, feminina, referimos-nos à heroína clássica da filmografia de Besson, um tipo que ele persegue desde sua estreia em longa-metragem de ficção, Subway (1985).

Lucy é uma garota americana que ainda dá seus primeiros passos na chamada vida real e, num passo em falso, esbarra num escroque (Pilou Asbæk) com quem fica em Taiwan, onde estuda. O tal ficante, metido com a pesadíssima máfia local, leva-a a se envolve com o cruel chefão (Min-sik Choi), que faz de Lucy uma de suas mulas para transportar para a Europa uma nova droga sintética. Durante o processo, a garota sofre uma overdose involuntária que a faz vivenciar uma experiência fantástica e inimaginável.

A partir daí Besson destila todos os elementos aos quais o espectador está habituado: lutas marciais, perseguições de carros, tiroteios e muita destruição. Nesse ínterim, Scarlett demonstra toda sua maturidade na transformação de sua personagem. É quando Lucy migra de sua versão ingênua para um padrão 10.0 turbo de domínio que vai muito além do controle do corpo e da mente.

Leia a crítica completa na edição desta quinta-feira (28/8) do Caderno C do Jornal do Commercio.

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