Se não fosse pela existência do Festival Mimo de Cinema, boa parte da produção audiovisual brasileira que tem a música como tema ficaria sem sua melhor janela de exibição. A partir de quinta (04/9), 21 filmes – entre longas, médias e curtas-metragens – ganham as telas de três espaços de exibição ao ar livre de Olinda (no Mercado da Ribeiro, no Pátio do Seminário e na Sé, na Cidade Alta).
Como acontece a cada ano, a seleção de filmes faz um apanhado do que está sendo feito em todo o Brasil. Nos últimos anos, a pesquisa em torno da música ganhou status de gênero no cinema nacional. De norte a sul – e até de fora do País – pipocam produções sobre compositores, cantores e gêneros musicais.
Entre os longas-metragens destacam-se os premiados A farra do circo, de Roberto Berliner e Pedro Bronz, e Democracia em preto e branco, de Pedro Asbeg, que fazem um levantamento de dois legados dos anos 1980: o revolução musical do Circo Voador, no Rio de Janeiro, e a experiência dos jogadores do Corinthians numa época em que o futebol, a política e o rock andavam de mãos dadas.
Cauby Peixoto, a banda DeFalla, o rapper Nelson Triunfo, os pifeiros do sertão e músicos do extremo sul do continente (como o brasileiro Vitor Ramil e o uruguaio Jorge Drexler) são personagens dos outros documentários.
De Pernambuco estão presentes os curtas Psiu!, de Antônio Carrilho e Juliana Lima, sobre o compositor Zé Dantas; e O ouvido de Vinicius, de Sergio Oliveira, que foi filmado em Buenos Aires e se inspira na obra de Vinicius de Moraes.
PROGRAMAÇÃO
Tenda Mercado da Ribeira
Quinta, 4/9
18h - Aprender a ler pra ensinar meus camaradas, de João Guerra
20h - A casa do Mário, de Luiz Bargmann Netto
20h - Damas do samba, de Susanna Lira
Sexta, 5/9
18h - Oleguns olô fê, de Fernando Mamari e Tarsilla Alves
18h - Geração baré-cola - Usuários de rock, de Patrick Grosner
20h - Psiu!, de Antônio Carrilho e Juliana Lima
20h - O homem que pintava músicas, de Jackson Abacatu
20h - Triunfo, de Cauê Angeli e Hernani Ramos
Sábado, 6/9
18h - Atenciosamente, lo turco, de Débora Guimarães
18h - Democracia em preto e branco, de Pedro Asbeg
20h - O ouvido de Vinicius, de Sergio Oliveira e Ezequiel Pierri
20h - Farra do circo, de Roberto Berliner e Pedro Bronz
Domingo, 7/9
18h - O canto da lona, de Thiago B. Mendonça
18h - A briga do cachorro com a onça, de Hidalgo Romero e Alice Villela
20h - Sinfonia, de Simon Pedro Brethé
20h - Patativa – Xiri meu “eu não dou”, de Tairo Lisboa
20h - Cauby - Começaria tudo outra vez, de Nelson Hoineff
Pátio do Seminário
Sexta, 5/9
18h - Israel casa de bamba, de Felipe Ivanicska
Sábado, 6/9
18h - Sobre amanhã, de Diego de Godoy e Rodrigo Pesavento
Igreja da Sé
Quinta, 4/9
19h - A música segundo Tom Jobim, de Dora Jobim e Nelson Pereira dos Santos
Sexta, 5/9
19h - Jorge Mautner – O filho do holocausto, de Pedro Bial e Heitor d’Alincourt
Sábado, 6/9
19h - Dominguinhos, de Joaquim Castro, Eduardo Nazarian e Mariana Aydar