Estreia

Filme '3 dias para matar' traz mais da fórmula de Luc Besson

Cineasta francês é argumentista e corroteirista em trama dirigida por McG e estrelada por Kevin Costner

Marcos Toledo
Cadastrado por
Marcos Toledo
Publicado em 10/09/2014 às 6:00
Leitura:

Definitivamente, ou Luc Besson tem alguma coisa mal-resolvida entre uma figura feminina jovem e um tipo masculino paternal, ou então - o mais provável - o cineasta francês vem brincando e enganando seus espectadores há 30 anos apenas recondicionando uma fórmula que tem dado muito certo. Pelo menos é a impressão que temos ao assistirmos a 3 dias para matar (3 days to kill, EUA/FRA/RUS/GRE, 2014), filme que estreia esta quinta-feira (11/9) nos cinemas brasileiros e em que ele é argumentista e corroteirista.

Se em Lucy (FRA, 2014), dirigido por Besson e também em cartaz nas salas locais, o espectador é levado a reflexões mais existencialistas, em 3 dias para matar o autor escancara numa trama que une drama, aventura, suspense e comédia resultando em nada mais do que uma boa diversão.

Aqui a direção fica por conta de McG, mais conhecido por comandar a franquia As Panteras. Além dele, que anda meio em baixa, a produção resgata um antigo ídolo, Kevin Costner, em boa fase após o sucesso da minissérie Hatfields & McCoys e a participação em O Homem de Aço.

A história tem início em clima de aventura, com o agente da CIA Ethan Renner (Kevin) em mais uma de suas missões, atrás de negociantes ilegais de armas e levando saraivada de tiros de todos os lados. O enredo em seguida descamba para o drama quando Ethan descobre ser portador de um mal que irá lhe tirar a vida em poucos meses.

Assim ele pede aposentadoria e se muda para Paris em busca de sua redenção ao lado da esposa e da filha com as quais não tem contato há cinco anos.

A relação entre Ethan e a adolescente Zooey remete à maioria das produções de Besson desde Subway (1985), de confluente conflito entre interesses, sexos e gerações - e é o que sustenta boa parte do foco sobre a trama, com doses de uma humor tão inusitado quanto inesperado.

Leia a crítica completa na edição desta quarta-feira (10/9) do Caderno C do Jornal do Commercio.

Últimas notícias