ENTREVISTA

Animador britânico Tim Allen é homenageado no Festival Brasil Stop Motion

Abertura será nesta terça-feira (25/11), às 19h30, Cinema São Luiz

Ernesto Barros
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Publicado em 25/11/2014 às 5:32
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Abertura será nesta terça-feira (25/11), às 19h30, Cinema São Luiz - FOTO: Divulgação
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A animação stop motion trava uma grande batalha com a computação gráfica em 3D. Enquanto a indústria se volta totalmente para a animação tradicional e digital, alguns poucos artistas permanecem fiéis ao trabalho com modelos de massa e animação quadro a quadro. Um deles é o animador inglês Tim Allen, que já trabalhou com os cineastas americanos Tim Burton e Wes Anderson nos filmes A noiva cadáver e O fantástico Sr. Raposo. Ele está no Recife para o Festival Stop Motion Brasil 2014, no qual será homenageado, jurado e palestrante. Nesta entrevista, Tim fala do estado atual da animação, do começo de sua carreira e dos temas do workshop, entre outros assuntos.

JORNAL DO COMMERCIO – Com o avanço da computação gráfica (CG), a animação stop motion ainda continua atraente para novos animadores?

TIM ALLEN – No Reino Unido, recentemente foi anunciado que Shaun, o carneiro foi a série infantil mais popular da última década. Na década de 1990, havia sido Bob, o construtor; nos anos 1980, Postman Pat; nos anos 1970, Paddington Bear; e, na década de 1960, O carrossel mágico. Todos esses personagens são de séries de stop motion. Obviamente, séries de TV em CG existem apenas há duas décadas, mas stop motion tem se mantido um meio de animação muito simpático. 

JC – Mas o que há de tão atraente na animação stop motion?

TIM – Pessoalmente, acho que é a sua tangibilidade, o fato de que você poder tocar e segurar os bonecos. Há algo fundamentalmente atraente a cerca dos ofícios artesanais. Mesmo vendo as imperfeições, eles trazem seu próprio charme. 

JC – Qual a expectativa para sua participação no Brasil Stop Motion?

TIM – Nunca fui ao Brasil antes e estou muito animado para ver o que as pessoas pensam sobre stop motion. Também será fascinante perceber eventuais diferenças ou semelhanças entre o tipo de trabalho stop motion produzido aqui. Eu estou muito feliz em aprender com vocês, vendo o que está se fazendo aqui no Brasil! 

JC – O que você pode adiantar sobre os temas do workshop?

TIM – Gosto de focar no desenvolvimento dos personagens, especificamente no sentido de contar histórias para uma plateia. Assim, mesmo que eu ensine sobre o uso de volume e anatomia, eu levo a animação na direção daqueles vão assistir ao resultado final. Em um nível mais manual, gostaria de mostrar técnicas que tornam a animação stop motion mais fácil e, portanto, mais divertida de se fazer. Stop motion pode ser frustrante se você não está preparado. Então, quero dar dicas práticas para evitar dificuldades e obter melhores resultados. 

JC – Qual a sua formação? Você estudou em escola de arte?

TIM – Quando eu tinha 16 anos, já havia me dedicado muito às artes e decidi que queria mais que um curso de arte em geral. Nesta fase, estava muito interessado em quadrinhos e desenho, e vi isso como o objetivo mais esperado para seguir uma carreira.

Leia a entrevista completa na edição desta terça-feira (25/11) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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