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Atriz Anita Ekberg, de 'La dolce vita', morre aos 83 anos

Sua última aparição foi em 2002, na série televisiva ''Il Bello Delle Donne''

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 11/01/2015 às 11:56
Foto: Tiziana Fabi/AFP
Sua última aparição foi em 2002, na série televisiva ''Il Bello Delle Donne'' - FOTO: Foto: Tiziana Fabi/AFP
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A lendária sex symbol sueca dos anos 1960, Anita Ekberg, imortalizada por Federico Fellini no filme "A doce vida", morreu neste domingo (11) em Roma, aos 83 anos, informou a imprensa local. Segundo site do jornal La Repubblica, Anita Ekberg faleceu em uma clínica em Rocca di Papa, na província de Roma, onde estava hospitalizada.

Apesar de nascer e crescer na Suécia, Ekberg passou a maior parte de sua vida adulta no exterior, primeiro nos Estados Unidos, onde rapidamente virou uma estrela do cinema a partir dos anos 1950, e depois na Itália, onde sua carreira ficou marcada.

Kerstin Anita Marianne Ekberg, filha de um estivador, nasceu em 29 de setembro de 1931 em Malmoe. Foi a sexta de oito filhos.

Tanto sua mãe como seus amigos a incentivaram a participar de concursos de beleza. Em 1950 foi eleita Miss Suécia e depois foi candidata a  Miss Universo nos Estados Unidos.

Apesar de não vencer o concurso, rapidamente conseguiu chamar a atenção do diretor de cinema Russ Meyer, do excêntrico milionário e produtor Howard Hughes e do ator John Wayne.

Depois de cinco anos em Hollywood, Ekberg recebeu o Globo de Ouro 1955 de melhor atriz revelação por seu papel em "Rota sangrenta", de William A. Wellman, e em 1956 fez "Guerra e Paz", de King Vidor.

Além de aparecer em revistas como "Confidential" e "Playboy", participou de comédias como "Abbott e Costello no Planeta Marte" (1953), "Artistas e Modelos" (1955), ao lado de Jerry Lewis e Dean Martin, e "Ou vai ou racha" (1956).

LA DOLCE VITA - Anita Ekberg era fisicamente tão espetacular que o comediante Bob Hope afirmou, em certa ocasião, que os pais da atriz deveriam receber o Prêmio Nobel de Arquitetura.

Em 1960, Ekberg estourou nas telas com "A doce vida", de Federico Fellini, onde seu banho com um vestido negro e decotado na Fontana de Trevi hipnotizou Marcello Mastroianni e também milhões de espectadores.

O filme de Fellini obteve a Palma de Ouro do Festival de Cannes e a fonte permanecerá como um dos momentos mais memoráveis da história do cinema.

Ekberg também protagonizou vários filmes italianos, entre eles "Boccacio 70" (1962), co-dirigido por Fellini e Vittorio De Sica, e "Entrevista" (1987), também de Fellini com Mastroianni.

Sua última aparição foi em 2002, na série televisiva "Il Bello Delle Donne".

Em 2011, a imprensa revelou que, aos 80 anos, depois de quase 50 filmes, a ex-estrela de cinema teria se visto obrigada a pedir ajuda financeira à Fundação Fellini. Anita Ekberg passou a viver então em uma residência para idosos, perto de Roma, depois de sofrer uma fratura no fêmur.

Ekberg foi casada duas vezes, uma com o ator britânico Anthony Steele (1956-1959) e depois com o ator americano Rick Van Nutter (1963-1975).

Nos últimos anos de sua vida, disse ao jornal Il Corriere della Sera que se sentia "um pouco sozinha", mas que não se arrependia de ter "amado, chorado e enlouquecido de felicidade".

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