Apesar de esnobado pela crítica internacional que elege os melhores do ano na premiação do Globo de Ouro (Golden Globes), Invencível (Unbroken, EUA, 2014), terceiro filme dirigido pela atriz Angelina Jolie, seu segundo longa-metragem de ficção, ainda pode surpreender nas indicações do Oscar, que serão divulgadas esta quinta-feira (15/1), quando a produção chega às salas brasileiras. Se isso acontecer, será merecido. Não apenas por o filme - um drama de guerra ambientado durante a Segunda Guerra Mundial que se serve de pano de fundo para contar a história de um herói americano - ser a cara da Academia, mas também devido ao trabalho eficiente de elenco e equipe técnica, que tem entre seus nomes os premiados irmãos roteiristas Joel & Ethan Coen.
O roteiro, por sinal, é adaptado, a partir do livro Invencível: uma história de sobrevivência, resistência e redenção, escrito por Laura Hillenbrand, biógrafa do ex-atleta olímpico ítalo-americano Louis Zamperini, que passou anos desaparecido na região do Oceano Pacífico quando o avião em que lutava caiu durante a guerra.
A história de Zamperini por si só é incrivelmente cinematográfica. O garoto de família de imigrantes italianos pobres que tentam a vida na América se revela diferente, inicialmente rebelde e tido como problemático e até delinquente. Até que o irmão mais velho identifica nele um potencial para o atletismo. Um dos melhores corredores na escola, ele chega, já secundarista, a disputar as Olimpíadas de Berlim, em 1936, na Alemanha. Mal sabia que estaria pisando em solo de seus futuros inimigos.
Sete anos depois, Zamp, como é conhecido, está sobrevoando o Pacífico quando sua aeronave é abatida e ele passa a viver o inferno na Terra (e no mar).
No momento em que o mundo ainda se mostra traumatizado com os crimes ocorridos este mês, na França - que se transformou em um verdadeiro palco de guerra -, Invencível deve tocar o espectador de uma maneira diferente, por mostrar como o ser humano é capaz de pôr tantos sonhos a perder devido a conflitos que levam apenas à desgraça.
Leia a crítica completa na edição desta quarta-feira (14/1) do Caderno C do Jornal do Commercio.