Depois de semanas de blablablás e mimimis, chega finalmente aos cinemas brasileiros, esta quinta-feira (29/1), a comédia A entrevista (The interview, EUA, 2014). O longa-metragem, que causou polêmica por satirizar principalmente o ditador norte-coreano Kim Jong-un, não passa de um divertido passatempo com boas piadas e uma dose até moderada de besteirol.
Quem assistiu ao ótimo Argo (2012), filme baseado em fatos reais no qual um agente secreto americano simula a produção de um longa no Irã para resgatar membros da Embaixada americana naquele país, em 1980, vai notar alguma semelhança.
Na trama ficcional, um exibido apresentador de um programa de fofocas da televisão americana, interpretado pelo afetado ator James Franco, e seu produtor (Seth Rogen) - um jornalista frustrado que busca a oportunidade de sua vida, o grande furo -, propõem uma entrevista com o ditador Kim Jong-un (papel de Randall Park). Para a surpresa de todos, a ideia é aceita e a dupla viaja para a Coreia do Norte.
Nesse ínterim, o serviço secreto americano tenta convencer a dupla de aproveitar o ensejo e matar o presidente Kim - como é chamado na trama. As sequências que se seguem mostram as trapalhadas da dupla para cumprir seu objetivo pessoal enquanto se questiona sobre a suposta “ação patriótica”.
O presidente Kim não deixa de ser ridicularizado no filme. Porém, como em qualquer comédia coerente, os realizadores também não poupam críticas aos interesses escusos de seu país e evidenciam a defesa da liberdade.
Leia a crítica completa na edição desta quinta-feira (29/1) do Caderno C do Jornal do Commercio.
