Francesco Rosi, símbolo do cinema italiano e falecido em janeiro, não foi mencionado na homenagem aos artistas falecidos na festa da entrega do Oscar, uma grande decepção para os cinéfilos italianos.
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A imagem de Rosi não apareceu na tradicional montagem "in memoriam" durante a cerimônia e o diretor foi relegado a uma categoria de 12 grandes nomes desaparecidos apresentada no site do Oscar.
"A vergonha do Oscar", foi o título do site da televisão pública italiana RAI, resumindo o sentimento de aborrecimento predominante na imprensa italiana.
"É o típico provincianismo de Hollywood, esquecer o Mestre", se queixou Antonella Fiori, do jornal Espresso.
Rosi, vencedor do Grande Prêmio do Festival de Cannes em 1972 com "O caso Mattei", morreu em 10 de janeiro passado.
Era considerado um dos mestres dos filmes de investigação e, em 1961, sua obra "Salvatore Giuliano" sobre o bandido siciliano foi sucesso em nível internacional.
Em 1963, ganhou o Leão de Ouro de Veneza com o filme "As mãos sobre a cidade", com Rod Steiger.
Dez anos mais tarde, em 1972, consegue o Grande Prêmio do Festival de Cannes com "O caso Mattei", que trata da morte em circunstâncias estranhas de Enrico Mattei, o presidente do grupo petroleiro ENI, em 1962.
O Festival de Berlim concedeu a ele o Urso de Ouro por sua carreira em 2009, e a Mostra de Veneza deu o Leão de Ouro pelo mesmo motivo em 2012.