CRÍTICA

Julianne Moore entra em roubada na aventura O sétimo filho

Longa-metragem dirigido pelo cineasta russo Sergei Bodrov estreia nesta quinta-feira (12/03)

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 11/03/2015 às 6:00
Universal Pictures/Divulgação
Longa-metragem dirigido pelo cineasta russo Sergei Bodrov estreia nesta quinta-feira (12/03) - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
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Embora se dedique primordialmente a filmes dramáticos, Julianne Moore vez por outra encara papéis em filmes de gêneros como a série Jogos vorazes e a aventura O sétimo filho. O problema é que, nesses casos, ela não sabe da roubada em que está se metendo.

Em O sétimo filho, rodado há quatro anos e só agora lançado nos cinemas, Julianne foi convidada para interpretar uma bruxa que comanda um pequeno exército de seres sobrenaturais. Mãe Malkin, sua personagem, tem a capacidade de se transformar em dragão e dominar todos a seu redor.

Talvez tenha sido essa história um tanto estapafúrdia e mal roteirizada, baseada nos livros da série O aprendiz: as aventuras do caça-feitiço, do inglês Joseph Delaney, que tenha derrubado qualquer interesse por sua adaptação cinematográfica.

Realizado pela Universal Studios ao custo de US$ 100 milhões (cerca de R$ 300 milhões), O sétimo filho tenta pegar carona nessa infinidade de franquias que surgiram após a saga Harry Potter. A história trata do Mestre Gregory (Jeff Bridges), um caçador de feitiços que procura um substituto para continuar a luta contra Mãe Malkin e seus asseclas. O escolhido é o jovem Tom Ward (o insosso Ben Barnes), que vem a ser o sétimo filho de um sétimo filho, a principal condição para ele enfrentar a bruxa.

Passado em época e lugar imprecisos, a história parece derivada de um RPG, com seus personagens que do nada se transformam em seres fantásticos. Os efeitos especiais, assinado pelo especialista John Dykstra, são batidos. Mas, como a ação é sempre constante, o filme sempre avança. O que faz O sétimo filho não funcionar, entretanto, é a interpretação horrível do veterano ator Jeff Bridges.

Desde Bravura indômita, de 2011, que Bridges faz o mesmo personagem em contextos diferentes. Sempre grunhindo, como se tivesse alguma coisa dentro da boca, e se comportando como um bufão de ópera, ele vem prejudicando seus filmes sistematicamente.

Diante disso, o diretor russo Sergei Bodrov não tem outra alternativa senão manter o filme a toda velocidade. Com talento para as cenas de ação, por alguns minutos ficamos ligados no que se passa na tela. Quando Julianne Moore aparece as coisas também melhoram. Como são muitos problemas, o filme nunca alça voo completo, apesar de alguns momentos inspirados do diretor.

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