Em 1997, a primeira edição do Cine PE: Festival do Audiovisual (na época, Festival de Cinema do Recife), no Cinema São Luiz, estreou com um filme que tinha como tema o cangaço: O baile perfumado, estreia de Lírio Ferreira e Paulo Caldas na direção de longa-metragem. Esta sexta-feira (8/5), a 20ª edição do evento, que voltou à sala da Rua da Aurora, é encerrada com um longa no qual o cangaço também é bastante presente: o inédito A luneta do tempo, do também estreante Alceu Valença. Ambas as histórias, contudo, vão muito além do cangaceirismo.
A jornada da noite desta sexta-feira, que começa às 20h, conta com a premiação das Mostras PE, de Curta Nacional e de Longas-Metragens, homenagens à atriz baiana Helena Ignez e ao próprio Alceu Valença e a apresentação do filme dele.
A luneta do tempo é um filme inclassificável no melhor sentido que essa classificação (sic) possa significar. E seu esteio é a autenticidade.
Em cerca de 100 minutos Alceu revisita os mitos populares para contar uma história de encontros e desencontros, traições e amores, crimes e castigos misturada com cordel, cangaço, circo e o próprio cinema. Quase intuitivamente, Alceu Valença, 68 anos, aprovado em sua estreia detrás das câmeras, mostra um recorte da trajetória - e das fantasias - do Brasil que, no fundo, é sua própria história.
Leia a crítica completa na edição desta sexta-feira (8/5) do Caderno C do Jornal do Commercio.