O astro do cinema americano e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger há quatro dias é quase um cidadão brasileiro – ou melhor, carioca. Ele veio ao Rio para participar, pela terceira vez, do Arnold Classic Fitness Festival, um evento multiesportivo que existe há 27 anos nos Estados Unidos. No sábado passado, passeou de bicicleta na orla da Barra da Tijuca. Ontem pela manhã, foi a vez de participar da coletiva de imprensa do filme O exterminador do futuro: Gênesis, em que volta a interpretar o personagem mais importante de sua carreira.
No quinto longa-metragem da franquia, iniciada por James Cameron, em 1984, Schwarzenegger faz dois personagens: o robô daquela época, no auge dos seus 36 anos, e sua versão atual, que aparenta os 67 anos do ator austríaco (naturalizado americano).
Na coletiva, realizada no Hotel Copacabana Palace, onde está hospedado, Arnold Schwarzenegger falou para mais de uma centena de jornalistas brasileiros e estrangeiros – principalmente de países da América do Sul. “Fazer novamente o mesmo personagem é como andar de bicicleta. Por causa da tecnologia cinematográfica atual, pude fazer os dois papéis sem problema. Foi interessante voltar a interpretar essas duas máquinas pesadas, para ver como elas batem nas paredes com o peso de 450 kg cada um”, explicou. Como o filme, que estreia no próximo dia 2 de julho, ainda não está completamente pronto, os jornalistas assistiram a cerca de 20 minutos de cenas já acabadas, com efeitos especiais e trilha sonora.
Em O exterminador do futuro: Gênsesis, dirigido por Alan Taylor, de Thor: O mundo sombrio, o líder da resistência humana, John Connor (Jason Clarke) envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta para 1984 para proteger Sarah Connor (Emilia Clarke), a mãe dele, e salvar o futuro.
No entanto, uma reviravolta nos fatos cria uma linha de tempo fragmentada. Desta vez, o sargento Reese se encontra numa versão desconhecida do passado, por isso ele dá de cara com as duas versões dos ciborgues vividos por Schwarzenegger e, juntos, iniciam uma nova missão: redefinir o futuro.
“Fiquei muito feliz com o convite para fazer o quinto filme da franquia. A gente nunca sabe se continuamos ou não. Afinal, as estrelas mudam, mas as franquias continuam. Mas ser chamado para fazer algo que tem mais de 30 anos é um grande privilégio, ainda mais que com os efeitos visuais à disposição dos diretores, os filmes estão mais interessantes, embora eu não me importe em fazer filmes pequenos ou médios. Quando fiz o primeiro O exterminador do futuro, com James Cameron, ele custou menos de 10% do que fizemos agora”, revelou o ator.
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Nas cenas mostradas aos jornalistas, também chamou a atenção o humor do terminator com a idade atual de Schwarzenegger, principalmente a frase “Estou velho, mas não obsoleto”, que sai da boca do mesmo personagem que falou “Hasta la vista, baby.”
“Eu acho que a ideia do exterminador não se alterou com a idade. Ele ainda é uma máquina, mas a pele dele é feita de tecido humano, assim como a minha, que vejo envelhecendo com o tempo. Para me manter fisicamente, tenho que fazer ginástica duas vezes ao dia e puxar muito peso. Para ficar mais próximo do personagem de 1984, precisei engordar cinco quilos”, assegurou.
OUTROS PROJETOS
Além de voltar à franquia O exterminador do futuro, Arnold Schwarzenegger revelou também que vai reviver outros dois personagens que fizeram sucesso na sua carreira. “É uma grande honra voltar a filmar Conan, uma obra feita há 35 anos e que mostrou meu corpo para o mundo. Agora, fui convidado para tomar parte em Trigêmeos, uma continuação de Irmãos gêmeos, que fiz com Danny De Vito. Descobrimos que temos outro irmão. Já estive com Danny e agora estamos esperando o roteiro ficar pronto”, anunciou.
Sempre com bom humor, ele falou sobre a descrença das pessoas que não acreditavam nele. “Na Áustria, onde nasci, elas diziam que eu nunca seria campeão de fisiculturismo. Nos Estados Unidos, falavam que meu nome era impronunciável, eu tinha sotaque e era hipertrofiado. Então, eu digo sempre para todo mundo: não desista dos seus sonhos por causa das pessoas negativistas”, afirmou.