CRÍTICA

Jurassic World: O mundo dos dinossauros é eletrizante

Quarto filme da franquia Jurassic Park estreia no Recife nesta quinta-feira (11/6)

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 11/06/2015 às 6:00
Universal Pictures/Divulgação
Quarto filme da franquia Jurassic Park estreia no Recife nesta quinta-feira (11/6) - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
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2015: O ano em que Hollywood assumiu a crise de criatividade. Este poderia ser o título de um documentário sobre a situação do cinema industrial americano atual. As estrelas são as refilmagens e adaptações de franquias de sucesso como Poltergeist, Mad Max e Jurassic Park, que tem seu quarto filme, Jurassic World: O mundo dos dinossauros, estreando nesta quinta-feria (11/6) em escala mundial. Ainda este ano, e no próximo, muitos outros filmes virão, como as novas versões de Sexta-Feira 13, Os caça-Fantasmas e Gremlins, entre outras.

Assim como o terceiro tomo da franquia – Jurassic Park III, de 2001 –, Jurassic World: O mundo dos dinossauros não tem o Midas Steven Spielberg como diretor. Mas ele continua mandando em tudo: é o produtor executivo (não foi ao set, mas acompanhou a montagem) e escolheu pessoalmente o diretor Colin Trevorrow para dirigir a retomada da série, iniciada com Jurassic Park: o parque dos dinossauros, em 1993, e seguida por O mundo perdido: Jurassic Park, em 1997. Por sua vez, Trevorrow chamou Chris Pratt, que virou ídolo depois do sucesso de Guardiães da galáxia, no ano passado. Ex-gordinho, o ator ganhou um shape marombado e dizem que pode ser o futuro Indiana Jones.

Os fãs da universo Jurassic Park, que nasceu na mente do visionário escritor e cineasta Michael Crichton, vão adorar o filme. O publico atual, ainda mais afeito aos efeitos especiais e aos avanços tecnológicos, certamente. Mas sempre haverá uma horda de saudosistas que vão achar os filmes dirigidos por Steven Spielberg irretocáveis. O grande barato de Jurassic World: O mundo dos dinossauros é que ele é o filme mais eletrizante dos quatro. É o primeiro, por exemplo, em que o parque da Ilha Nublar, na Costa Rica, está realmente lotado, com mais de 20 pessoas visitando e interagindo com as novas espécies de dinossauros.

O parque, agora coordenado pela gélida Claire (Bryce Dallas Howard, de Manderlay e A dama da água), está sendo reformulado depois que o milionário Masrani (Irfan Khan) investiu em novas pesquisas. A nova atração atende pelo nome de Indomitus rex, um dinossauro recriado geneticamente com características de várias espécies. Gigantesco e selvagem, o animal acaba fugindo do cativeiro e se revela inteligente e implacavelmente predador, com vocação para matar por esporte.

A trama do filme vai se afunilar quando os dois sobrinhos de Claire, os adolescentes Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson), ficam à mercê do animal. É quando ela, meio a contragosto, pede ajuda ao domador de velociraptors, Owen (Pratt), que ela rejeitou após um encontro desastroso. Paralelamente ao corre-corre para salvar os sobrinhos e os frequentadores do parque, Claire e Owen ainda lidam com o venal Hoskins (Vincent D’Onofrio), um engenheiro da companhia que já foi dono do parque.

O roteiro esperto, focado principalmente na ação e um pouco de humor, não deixa margens para o espectador ficar disperso. Apesar de quase um novato, Colin Trevorrow não se intimidou e entrega um filme de aventuras impecável, com direito a citações dos clássicos Os pássaros (Alfred Hitchcock) e Depois do vendaval (de John Ford, longa que Spielberg já havia homenageado em E.T. – O extraterrestre).

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