Matthew McConaughey e Woody Harrelson não estão mais no elenco de "True Detective", mas série policial da HBO, vencedora do Emmy retorna no domino para a segunda temporada com a mesma atmosfera melancólica e sombria.
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Mas os fãs perguntam se um elenco de astros e a mudança de locação - dos pântanos da Louisiana para as ruas violentas do sul da Califórnia - vai conquistar o mesmo nível de adoração da primeira temporada. O criador e roteirista da série, Nic Pizzolato, afirma que sua equipe está "totalmente decidida a fazer algo novo".
"Temos consciência de que não queremos nos repetir ou apresentar o mesmo disco em uma embalagem diferente", afirma Pizzolatto. "Mas as duas temporadas têm uma relação profunda e próxima em sua sensibilidade e sua visão, têm a mesma alma, mas a nova tem um mundo e um grupo de personagens mais complexos", disse.
Desta vez, Colin Farrell, Rachel McAdams e Taylor Kitsch interpretam policiais que acabam vinculados ao criminoso Frank Semyon (interpretado por Vince Vaughn) graças a um assassinato na fictícia cidade de Vinci. Farrell interpreta um detetive problemático que apresenta um conflito de lealdade, entre a polícia e um mafioso.
Rachel McAdams interpreta uma policial durona, enquanto Kitsch é um veterano de guerra e agente de trânsito. Os primeiros dois episódios da temporada foram dirigidos por Justin Lin, cineasta responsável por alguns filmes da franquia "Velozes e Furiosos".
Críticas mistas
McConaughey e Harrelson foram aclamados pela crítica ano passado e os dois foram indicados ao Emmy por suas interpretações de policiais obrigados a revisar o caso de um serial killer de quase duas décadas atrás. Mas, na segunda temporada, os críticos não parecem tão convencidos. A revista Rolling Stone elogia o trabalho de McAdams, mas não vai muito além disso: "O novo modelo de 'True Detective' estaria perdido sem ela".
"O carinho do roteirista Nic Pizzolatto pelos solilóquios que pretendem explicar como o universo funciona serviu perfeitamente bem da primeira vez, com McConaughey e Harrelson. Mas ninguém no novo 'True Detective' tem a mesma química", completa. Para o jornal The Washington Post, "ainda existe algo lúgubre e angustiante em 'True Detective', mas ainda há um estilo hipnotizante: é imprefeito, mas bem produzido".
A revista Variety afirma que "apesar de, em termos gerais, ser possível assistir a série, a inspiração que transformou a primeira temporada em uma obsessão para muitos parece ter se esgotado da prosa do roteirista Nic Pizzolatto".
O autor decidiu não usar os saltos temporais desta vez, como fez na primeira temporada, o que oferece um formato mais fácil de acompanhar. "À medida que os personagens se multiplicam e as complicações individuais e de grupo aumentam, uma estrutura mais integrada e linear funciona melhor", disse.
E desta vez ele criou um papel muito forte para uma mulher, o que faltou na primeira temporada e rendeu algumas críticas ao roteirista. A nova temporada de "True Detective" estreia no domingo, uma semana após o final das temporadas de "Game of Thrones", "Veep" e "Silicon Valley".