Estreia

Cleo Pires joga duro em Operações Especiais

Atriz vive a protagonista Francis, moça meio alienada que entra para a polícia e mostra serviço

Marcos Toledo
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Marcos Toledo
Publicado em 15/10/2015 às 6:00
Downtown-Paris Filmes/Divulgação
Atriz vive a protagonista Francis, moça meio alienada que entra para a polícia e mostra serviço - FOTO: Downtown-Paris Filmes/Divulgação
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A mocinha agora é outra. Estreia esta quinta-feira (15/10) nas salas brasileiras Operações Especiais, longa-metragem policial estrelado por Cleo Pires e candidato a mais uma franquia de ação do cinema nacional. Apesar de menos estiloso, o filme pode ser definido como uma versão Polícia Civil de Tropa de Elite (2007).

Comparado ao longa de José Padilha, Operações Especiais pode ser considerado mais soft. O fato de ter uma mulher como protagonista pode dar a impressão de que a trama se torna, em dados momentos, mais branda. Mas não se engane. Na hora da ação, o bicho pega e a caracterização guarda verossimilhança.

Em se tratando da gênese da personagem, a parte light fica por conta do relato dessa origem, que treme sobre a corda bamba, correndo o risco de cair na pieguice, mas se sustenta e supera o desafio até evoluir para o que interessa.

Cleo encarna Francis, dondoca de classe média baixa formada em turismo, que vive com a mãe idosa e trabalha num hotel de São Conrado (Zona Sul do Rio de Janeiro). O filme começa com a moça em ação, pistola em punho, numa missão numa comunidade carioca, em 2011. Em seguida, a história volta alguns meses, à época da ocupação pela polícia das favelas do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.

Funcionária de hotel, Francis se torna refém durante uma invasão do estabelecimento por traficantes - aqui a ficção flerta com um fato real, ocorrido em agosto de 2010. É quando ela fica sabendo de um concurso para a Polícia Civil e se inscreve.

Francis não só passa no teste, como sobressai no curso de formação. Após um período trabalhando administrativamente, é convocada para atuar num grupo de elite comandado pelo delegado Paulo Froes (Marcos Caruso) requisitado para agir no fictício município de São Judas do Livramento.

Cleo e Caruso se destacam: ela personificando com clareza a garota meio alienada que é posta à prova e dá conta do recado; ele como o delegado linha dura que tenta fazer um trabalho honesto, apesar do sistema corrupto que o cerca.

Leia a crítica completa na edição desta quinta-feira (15/10) do Caderno C do Jornal do Commercio.

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