O 8º Janela Internacional de Cinema do Recife entra na sua reta final. Nesta quinta-fira (12/11), o Cinema São Luiz, o Cinema da Fundação e o Cinema do Museu, que abrigam o festival, estão com uma programação super empolgante, além de debates que interessam a todos que fazem e pensam o audiovisual.
No Cinema da Fundação, às 11h, uma mesa-redonda discute o legado dos 50 anos do Super 8, com a participação do cineasta Ivan Cordeiro, do representante da Kodak México, Luis Chaves, e do colecionador Lula Cardoso Ayres Filho.
O programa Cine Rua tem dupla programação: no Cinema da Fundação, às 16h, exibe os curtas O Contador de Filmes, de Elinaldo Rodrigues, Cinema Império, de Hugo Coutinho, Marrocos, de Andréa Nero, e Casa de Imagem, de Kleber Mendonça Filho, no Cinema do Museu, às 19h30, a sessão é do esperado documentário João Bénard da Costa: Outros Amarão As Coisas Que Eu Amei, de Manuel Mozos, que conta a vida de cinéfilo do ex-diretor da Cinemateca Portuguesa.
No São Luiz, dois filmes de terror iniciam e fecham a programação do dia: pela Mostra Gótico Britânico, às 15h, o cartaz é A Noite do Demônio, de Jacques Tourneur. Às 21h50, a vez é de Um Lobisomem Americano em Londres, de John Landis. Produzido em 1981, o filme conquistou a plateia pelos efeitos especiais - a transformação do ator David Naughton em lobisomem é genial - e pelo senso de humor (sim, o filme faz o público sorrir de medo e compaixão pela triste sina do personagem).
Vale lembrar, ainda, que o São Luiz exibe, às 19h20, o documentário Futuro Junho, de Maria Augusta Ramos, na Mostra Competitiva de Longas-Metragens do Janela.
O cinema pernambucano ganha representação forte no Cinema da Fundação, às 19h30, com a estreia de Santa Mônica, de Felipe André Silva. Trata-se do primeiro longa do coletivo Cinema Janque a ganhar as telas. A principal característica do filme é que ele foi totalmente filmado com um celular. Realizado no estilo ‘guerrilla filmmaking’, Santa Mônica chega em sigilo absoluto. A sinopse, bastante vaga, diz apenas: "3 da manhã, voo 2435, mala azul. Foi pra não voltar".
Junto com A Seita, de André Antônio, que faz parte do coletivo Surto & Deslumbramento, a cena cinematográfica do Recife aponta para novas cartografias, inclusive de uma nova geração que quase não teve acesso aos recursos do edital do Funcultura.
De alguma maneira, essa experiência remete a Amigos de Risco de Daniel Bandeira, que foi exibido na noite de terça-feira, no São Luiz, depois de sete anos de hiato. Recebido com entusiasmo e os maiores aplausos do Janela 2015, este filme seminal, produzido há 10 anos, ganha nova vida depois de restaurado. A ausência de Amigos de Risco foi dolorosa, mas seu renascimento é de uma alegria indescritível.
Programação:
Hoje, dia 12/11
Cinema São Luiz
15h | British Gothic (Gótico Britânico): A Noite do Demônio, Jacques Tourneur – 95 min
17h | Competitiva Curtas Nacional 5: Parasitas – 81 min
19h10| COMPETITIVA LONGAS: Futuro Junho, Maria Augusta Ramos - 100 min
21h50| CLÁSSICOS: O Lobisomen Americano em Londres, John Landis, 1981 - 97 min
Cinema da Fundação
11h | Grupo de Trabalho Cine Rua
16h | Programa Cine Rua Curtas 2 – 62 min
17h30 | Programa ABC-PE - As Juventudes – 75 min
19h30 | ESPECIAL: Santa Mônica, 70 min + debate
21h30 | ESPECIAL: Minha Mãe, Nanni Moretti, 106 min
Cinema do Museu
15h30 | Reprise: COMPETITIVA LONGAS: Kaili Blues, Bi Gan - CHINA - 110 min
17h40 | Competitiva Curtas Nacional 4: Estranho Familiar (reprise) – 81 min
19h30 | Programa Cine Rua: JOÃO BÉNARD DA COSTA - 75 min
21h10 | Reprise: COMPETITIVA LONGAS: Dead Slow Ahead, Mauro Herce - 74 min