CRÍTICA

A poderosa Angelina Jolie Pitt domina o longa-metragem À Beira-Mar

Terceiro filme da atriz, roteirista e diretora estreia nesta quinta-feira (03/12)

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 02/12/2015 às 6:03
Universal Pictures/Divulgação
Terceiro filme da atriz, roteirista e diretora estreia nesta quinta-feira (03/12) - FOTO: Universal Pictures/Divulgação
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Brad Pitt e Angelina Jolie iniciaram um relacionamento no set do longa Sr. e Sra. Smith. Dez anos depois, eles agora são conhecidos como o Sr. e Sra. Pitt – não mais como o casal Brangelina, que tantos fatos e fotos renderam aos tabloides de celebridades. Pela primeira vez, Angelina – atriz, produtora, roteirista e cineasta, além de outros atributos que remetem à sua beleza física e ação humanitária – é creditada num filme com Angelina Jolie Pitt.

É assim que seu nome aparece, pelo menos por três vezes, no longa-metragem À Beira-Mar, que estreia nesta quinta-feira (03/12) em circuito nacional. A novidade é que este é o primeiro filme que Angelina dirige a si mesmo e ao marido. Mais uma vez, ela se empenha em contar uma história sobre sobreviventes: embora belos e ricos, o casal Roland (Brad) e Vanessa Bertrand (Angelina) chega a um aprazível balneário francês para recompor os pedaços de um relacionamento que um dia foi muito feliz.

Mergulhados numa difícil luta particular, Roland e Vanessa pertencem à mesma estirpe dos personagens dos dois primeiros filmes de Angelina: em Na Terra do Amor e do Ódio, sua estreia na direção, um militar sérvio e uma prisioneira bósnia desenvolvem uma paixão amorosa em meio a uma guerra genocida; em Invencível, que foi indicado a três Oscars, no ano passado, o atleta olímpico Louis Zamperini sobrevive numa balsa por 47 dias, depois de um acidente aéreo, só para ser capturado pelo exército japonês, durante a Segunda Guerra Mundial.

Embora os dois primeiros filmes tenham sido projetos pessoais, À Beira-Mar é o trabalho mais ambicioso de Angelina como diretora e roteirista, no qual ela tentar expressar, com intimidade e sem receio, o vazio e a dor de uma história de amor que chegou ao fim. Talvez o peso excessivo que Angelina dá aos problemas dos personagens, repetitivos e sem variação, prejudique o seu o andamento. Tirando o fato de alongar À Beira-Mar demais, Angelina Jolie é uma diretora muito caprichosa.

No entanto, sua interpretação minimalista e sussurrante, quase fantasmal, deve impacientar muita gente. Mas ela parece transparecer, de forma pura e verdadeira, toda sua intimidade: por várias vezes, filma os próprios seios para mostrar que a dupla mastectomia preventiva a que se submeteu em 2013, não deixou marcas físicas visíveis.

Leia a crítica completa na edição desta quarta-feira (02/12) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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