Leia Também
O elenco de "O Despertar da Força", com Harrison Ford à frente, revelou recentemente em Los Angeles novos detalhes sobre o próximo filme da saga "Star Wars", que estreia em todo o mundo na quarta-feira (17).
Ford volta a interpretar, mais de 30 anos depois, o piloto Han Solo, personagem icônico de "Star Wars" que o lançou ao estrelato.
"Foi fácil voltar a interpretar meu personagem. Fiquei muito interessado com o caminho que iria seguir nesta nova etapa", disse o ator, de 73 anos, durante uma muito aguardada entrevista coletiva.
"É difícil falar sobre as diferenças que existem entre a primeira trilogia e este episódio, mas fazem com que me sinta bem, é agradável estar de novo em casa", destacou.
O capitão Han Solo retorna principalmente para estabelecer uma ponte entre o passado e o futuro da saga espacial, que tem milhões de fãs em todo o mundo desde o primeiro filme, que estreou em 1977.
A princesa Leia (Carrie Fisher), C-3PO (Anthony Daniels) e Chewbacca (Peter Mayhew), além de R2-D2, também aparecem para abrir espaço à nova geração de protagonistas de "Star Wars".
Luke Skywalker aparece nos créditos, mas é uma das grandes grandes incógnitas do filme. Mark Hamill, o ator que interpreta o Jedi, não apareceu nos últimos trailers, nem no poster oficial, e tampouco participou no domingo na entrevista coletiva.
A trama de "O Despertar da Força", que estreia nos cinemas de todo o planeta entre 14 e 18 de dezembro, também continua sendo um mistério.
A Disney, proprietária desde 2012 dos direitos da franquia criada pelo cineasta George Lucas e que já arrecadou mais de 4,4 bilhões de dólares, conseguiu manter o segredo até o fim.
O estúdio não permitiu nem sequer que a imprensa especializada assistisse ao filme, uma decisão rara na indústria do entretenimento.
O único elemento divulgado é que a trama se passa 30 anos depois de "O Retorno de Jedi" (1983).
"Coragem, amizade e lealdade"
John Boyega, um dos novos integrantes da saga, ao lado de Daisy Ridley, Oscar Isaac, Adam Driver, Lupita Nyong'o e Gwendoline Christie, descreveu de forma superficial que o filme "tem seres humanos, wookies, naves espaciais e caças".
"Tem uma mensagem de fundo que fala de coragem, amizade e lealdade", disse Boyega, que interpreta Finn, um soldado imperial (stormtrooper) que passa para o outro lado.
A estratégia da Disney criou uma expectativa gigantesca e representou uma grande pressão ao elenco, mas todos elogiam a tática, incluindo o diretor J.J. Abrams, ávido por "surpreender a audiência".
"A primeira pergunta (que nos fizemos) foi: O que queremos sentir e o que queremos que o público sinta?", contou o cineasta.
A partir do questionamento, Abrams e Lawrence Kasdan - roteiristas de "O Império Contra-Ataca" (1980) e "O Retorno de Jedi" - tiveram carta branca para inventar uma nova história.
"Tivemos que ir para trás para poder avançar", admitiu Abrams, mas "O Despertar da Força" "não é uma viagem nostálgica", destacou.
A força das mulheres
O Episódio VII, que abre a terceira terceira trilogia, é o mais feminino de todos até o momento.
A princesa Leia, que estabeleceu um precedente na história do cinema há mais de três décadas, passa o bastão agora a Rey (Daisy Ridley) no lado iluminado da força.
Sobre a personagem se sabe que a família a abandonou quando tinha cinco anos no planeta Jakku e que, desde então, cuida de si mesma.
"É corajosa e vulnerável", disse Ridley.
O lado sombrio tem a capitã Phasma, comandante dos soldados imperiais interpretada por Gwendoline Christie ("Game of Thrones").
Criar esta personagem foi "muito progressista", comentou a atriz. "Me faz pensar que representa o tipo de coisa que o público quer ver no cinema", disse.
A vencedora do Oscar Lupita Nyong'o interpreta Maz Kanata, personagem que ela representa por meio da técnica de captura de movimento (motion capture).
A contagem regressiva para o grande dia da estreia é um verdadeiro teste de paciência para os fãs. Muitos já compararam os ingressos, enquanto outros lançam todo tipo de teoria sobre a trama nas redes sociais.
"Sou consciente do valor que o público dá a estes filmes", disse Ford.
"Sou agradecido de que tenham passado de geração em geração e que continuem com uma audiência", continuou.