CINEMA

Guilherme Fontes e o calvário de Chatô

Ator-diretor fala sobre as dificuldades da produção em passagem pelo Recife

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 16/12/2015 às 6:00
Booby Fabisak/JCImagem
Ator-diretor fala sobre as dificuldades da produção em passagem pelo Recife - FOTO: Booby Fabisak/JCImagem
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O ator, diretor e produtor Guilherme Fontes disse nesta terça-feira (15/12), numa rápida passagem pelo Recife, onde esteve para participar de um debate sobre o longa-metragem Chatô, o Rei do Brasil, no Cinema do Museu, que já prestou contas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e não deve mais nada ao governo. “Eu não sei o quanto estão me cobrando, é tão surreal. Mas eu sempre digo que o TCU é o paraíso dos honestos e o inferno dos desonestos. Eu sempre fui muito bem tratado lá. Mas deixei de prestar contas ao governo depois que começaram a explodir as contas”, explicou. 

De acordo com um processo que corre na 4ª Vara da União no Rio de Janeiro, o montante da cobrança pode chegar a R$ 80 milhões. A soma seria o resultado da correção de juros e multas do valor que Guilherme Fontes captou para o projeto que, além do longa-metragem, é constituído pela série de documentários 500 anos de História do Brasil e de uma sitcom. “Eu tomei R$ 8,6 milhões (pela Lei Rouanet e Lei do Audiovisual) e prestei contas de R$ 11 milhões, com quase R$ 3 milhões de contrapartida”, defendeu-se Guilherme.

Segundo ele, Chatô foi registrado na Ancine em 2010, quando recebeu o Certificado de Produto Brasileiro (CPB), assinado pelo presidente da Agência Nacional de Cinema, Manoel Rangel. “Desde que entrou lá, ele foi o maior inimigo do filme, mas assinou o CPB sem ler, da pilha de documentos que estava na mesa dele”, ironizou.

No momento, a maior preocupação de Guilherme é com a exibição de Chatô, que já acumulou um público de 52 mil espectadores, embora tenha sido lançado em poucas salas. “Eu sonhava com 500 mil pessoas”, admitiu, ao revelar que foi boicotado, principalmente no Rio. “O filme não passou em nenhuma sala do grupo Severiano Ribeiro. Eu queria muito que os idosos do Catete pudessem assistir a Chatô porque o bairro está muito presente nele”, afirmou.

Leia a reportagem completa na edição desta quarta-feira (15/12) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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