O cinema brasileiro vai muito bem, obrigado. E o cinema pernambucano, melhor ainda, apesar de toda crise política e econômica pela qual atravessa o País. Este ano, cerca de 100 filmes nacionais estrearam no circuito – ou foram atirados – numa dura luta contra o produto estrangeiro (leia-se cinema americano, claro). Em 2016, a batalha continua e, pelo jeito, promete ser o mesmo embate entre Golias e David.
Em Pernambuco, as projeções para o ano que vem são altas. Na verdade, a produção local está numa irresistível ascensão. Embora o Edital do Funcultura Audiovisual (o novo edital é lançado amanhã) continue sendo a espinha dorsal da cadeia produtiva do audiovisual local, os produtores pernambucanos já acessam novas fontes de recursos (Fundo Setorial do Audiovisual) e se lançam em coproduções com parceiros estrangeiros.
O resultado já começa a ser visto no próximo dia 14 de janeiro, com a estreia de Boi Neon, de Gabriel Mascaro, que foi realizado em regime de coprodução (com a Holanda e o Uruguai) e se tornou a maior sensação brasileira nos festivais internacionais de cinema. No ano passado, cinco longas pernambucanos chegaram aos cinemas. Para 2016, a expectativa é de que esse número seja ultrapassado. Na produção nacional, o grosso da produção que ganha visibilidade não vai mudar: as comédias – escrachadas ou não – vão dominar o ano de novo, com filmes como Vai que dá Certo 2, que estreia na próxima semana.
Para o circuito de festivais, as perspectivas são ainda mais animadoras. Com cerca de 30 longas em finalização, não vai faltar filmes para os festivais. A temporada já começa no dia 22, na 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes, Minas Gerais, com as exibições de Animal Político, de Tião, e Índios Zoró – Antes, Agora e Depois?, dirigido pelo mítico cineasta baiano Luiz Paulino dos Santos. A esse grupo, pelos menos 17 longa-metragens devem ser filmados nos próximos 12 meses. E a safra parece das boas.
Cinema Pernambucano em 2016
Estreias
A Seita, de André Antônio
Brasil S/A, de Marcelo Pedroso
Big Jato, de Cláudio Assis
Boi Neon, de Gabriel Mascaro
Invólucro, de Caroline Oliveira
A Luneta do tempo, de Alceu Valença
Mães do Pina, de Leo Falcão
O Mestre e o Divino, de Tiago Campos
Prometo um Dia Deixar Essa Cidade, de Daniel Aragão
Ramo, de João Lucas, Hugo Coutinho, Rafael Amorim e Pedro Andrade
Saudade, de Paulo Caldas
Todas as Cores da Noite, de Pedro Severien
Finalização
Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Amores de Chumbo, de Tuca Siqueira
Amores Líquidos, de Jorane Castro
Animal Político, de Tião
Aquarius, de Kleber Mendonça Filho
A Serpente, de Jura Capela
Azougue Nazaré, de Tiago Melo
Beco, de Camilo Cavalcante
Canavieiros, de Andreá Ferraz
Danado de Bom, de Deby Brennand
Direitos Autorais, de Ernesto de Carvalho
Fim do mundo, de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira
Índios Zoró, de Luiz Paulino dos Santos
Jackson e imagens, de Cacá Teixeira e Marcus Villar
Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, de Dudu Melo Pereira
Maracatu sagrado, de Tiago Melo
Martírio, de Vincent Carelli
Memórias de Nossos Heróis, de Dudu Melo Pereira
O Ateliê da Rua do Brum, de Juliano Dornelles
O Jardim das Aflições, de Josias Teófilo
O Silêncio da Noite é que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras, de Petrônio Lorena
Ouro Velho, de Cláudio Assis, Lírio Ferreira e Lirinha
Parquelândia, de Cecília da Fonte
Seu Cavalcante, de Leonardo Lacca
Steven Esteve Aqui, de Fernando Weller
Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Pernambucanos, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Terecô da Mata do Codó, de Ananias de Caldas
Te Sigo, de Cecília Araújo
This is Where Reconstruction Starts, de Daniel Aragão (filme coletivo)
Um Certo Joaquim, de Marcelo Gomes
Produção
Acqua Movie, de Lírio Ferreira
A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó
A Transformação de Canuto, de Ernesto de Carvalho e Ariel Ortega
Carro Rei, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira
Choque, de Marcelo Pedroso
Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes
Isolar, de Leonardo Sette
John Africa na Terra dos Leões, de Filipa Reis e João Miller
King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante
Légua Tirana, de Marcos Carvalho
Mangue Bit, de Jura Capela
Obreiro, de Gabriel Mascaro
O Centro da Terra, de Gabriel Mascaro
O Sertão vai Virar Mar e o Mar Vai Virar Sertão, de Paulo Caldas
Paterno, de Marcelo Lordello
Piedade, de Cláudio Assis
Propriedade Privada, de Daniel Bandeira