CINEMA

A fertilidade do cinema pernambucano em 2016

Produção audiovisual de longas do Estado chega a 60 títulos

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 29/12/2015 às 5:44
Foto: Mateus Sá/Divulgação
Produção audiovisual de longas do Estado chega a 60 títulos - FOTO: Foto: Mateus Sá/Divulgação
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O cinema brasileiro vai muito bem, obrigado. E o cinema pernambucano, melhor ainda, apesar de toda crise política e econômica pela qual atravessa o País. Este ano, cerca de 100 filmes nacionais estrearam no circuito – ou foram atirados – numa dura luta contra o produto estrangeiro (leia-se cinema americano, claro). Em 2016, a batalha continua e, pelo jeito, promete ser o mesmo embate entre Golias e David.

Em Pernambuco, as projeções para o ano que vem são altas. Na verdade, a produção local está numa irresistível ascensão. Embora o Edital do Funcultura Audiovisual (o novo edital é lançado amanhã) continue sendo a espinha dorsal da cadeia produtiva do audiovisual local, os produtores pernambucanos já acessam novas fontes de recursos (Fundo Setorial do Audiovisual) e se lançam em coproduções com parceiros estrangeiros.

O resultado já começa a ser visto no próximo dia 14 de janeiro, com a estreia de Boi Neon, de Gabriel Mascaro, que foi realizado em regime de coprodução (com a Holanda e o Uruguai) e se tornou a maior sensação brasileira nos festivais internacionais de cinema. No ano passado, cinco longas pernambucanos chegaram aos cinemas. Para 2016, a expectativa é de que esse número seja ultrapassado. Na produção nacional, o grosso da produção que ganha visibilidade não vai mudar: as comédias – escrachadas ou não – vão dominar o ano de novo, com filmes como Vai que dá Certo 2, que estreia na próxima semana.

Para o circuito de festivais, as perspectivas são ainda mais animadoras. Com cerca de 30 longas em finalização, não vai faltar filmes para os festivais. A temporada já começa no dia 22, na 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes, Minas Gerais, com as exibições de Animal Político, de Tião, e Índios Zoró – Antes, Agora e Depois?, dirigido pelo mítico cineasta baiano Luiz Paulino dos Santos. A esse grupo, pelos menos 17 longa-metragens devem ser filmados nos próximos 12 meses. E a safra parece das boas. 

Cinema Pernambucano em 2016 


Estreias 

A Seita, de André Antônio

Brasil S/A, de Marcelo Pedroso

Big Jato, de Cláudio Assis

Boi Neon, de Gabriel Mascaro

Invólucro, de Caroline Oliveira

A Luneta do tempo, de Alceu Valença

Mães do Pina, de Leo Falcão

O Mestre e o Divino, de Tiago Campos

Prometo um Dia Deixar Essa Cidade, de Daniel Aragão

Ramo, de João Lucas, Hugo Coutinho, Rafael Amorim e Pedro Andrade

Saudade, de Paulo Caldas

Todas as Cores da Noite, de Pedro Severien 

 

Finalização

Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

Amores de Chumbo, de Tuca Siqueira

Amores Líquidos, de Jorane Castro

Animal Político, de Tião

Aquarius, de Kleber Mendonça Filho

A Serpente, de Jura Capela

Azougue Nazaré, de Tiago Melo

Beco, de Camilo Cavalcante

Canavieiros, de Andreá Ferraz

Danado de Bom, de Deby Brennand

Direitos Autorais, de Ernesto de Carvalho

Fim do mundo, de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira

Índios Zoró, de Luiz Paulino dos Santos

Jackson e imagens, de Cacá Teixeira e Marcus Villar

Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, de Dudu Melo Pereira

Maracatu sagrado, de Tiago Melo

Martírio, de Vincent Carelli

Memórias de Nossos Heróis, de Dudu Melo Pereira

O Ateliê da Rua do Brum, de Juliano Dornelles

O Jardim das Aflições, de Josias Teófilo

O Silêncio da Noite é que Tem Sido Testemunha das Minhas Amarguras, de Petrônio Lorena

Ouro Velho, de Cláudio Assis, Lírio Ferreira e Lirinha

Parquelândia, de Cecília da Fonte

Seu Cavalcante, de Leonardo Lacca

Steven Esteve Aqui, de Fernando Weller

Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Pernambucanos, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

Terecô da Mata do Codó, de Ananias de Caldas

Te Sigo, de Cecília Araújo

This is Where Reconstruction Starts, de Daniel Aragão (filme coletivo)

Um Certo Joaquim, de Marcelo Gomes 

 

Produção

Acqua Movie, de Lírio Ferreira

A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó

A Transformação de Canuto, de Ernesto de Carvalho e Ariel Ortega

Carro Rei, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

Choque, de Marcelo Pedroso

Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes

Isolar, de Leonardo Sette

John Africa na Terra dos Leões, de Filipa Reis e João Miller 

King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante

Légua Tirana, de Marcos Carvalho

Mangue Bit, de Jura Capela

Obreiro, de Gabriel Mascaro

O Centro da Terra, de Gabriel Mascaro

O Sertão vai Virar Mar e o Mar Vai Virar Sertão, de Paulo Caldas

Paterno, de Marcelo Lordello

Piedade, de Cláudio Assis

Propriedade Privada, de Daniel Bandeira

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