DOCUMENTÁRIO

Documentário Bom Dia, Poeta confirma genialidade de Louro do Pajeú

Filme será exibido nesta segunda-feira (21/3) no Cinema São Luiz

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 21/03/2016 às 5:02
Cláudia Moraes/Divulgação
Filme será exibido nesta segunda-feira (21/3) no Cinema São Luiz - FOTO: Cláudia Moraes/Divulgação
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Em 1946, o estudante de direito Ariano Suassuna, aos 20 anos de idade, teve o desplante de organizar, no palco do inacessível Teatro Santa Isabel – protegido pela elite da época como um altar da alta cultura – um festival de cantoria de viola. “Eu cheguei lá com um requerimento e o diretor disse: ‘Você quer trazer para o palco onde Castro Alves recitou os versos dele, e Tobias Barreto também, cantador de viola?’ Aí eu disse: doutor, eu gostaria muito era de ouvir a opinião de Castro Alves e Tobias Barreto, porque eu tenho certeza que eles iriam gostar”.

Essa singela anedota é contada pelo mestre Ariano Suassuna ao escritor e pesquisador Bráulio Tavares, paraibano como ele, no documentário Bom Dia, Poeta – Uma Terra Encantada de Mundo, que terá uma exibição especial, única e gratuita, às 20h desta segunda-feira (21/2), no Cinema São Luiz. Depois, o filme vai percorrer o circuito dos festivais e só no ano que vem estreia na TV.

O recifense Alexandre Alencar, diretor de Bom Dia, Poeta, conta que esta foi a última entrevista individual que Ariano concedeu antes de morrer, em julho de 2014, aos 87 anos. “Num intervalo da internação dele, pouco depois de sair do hospital, eu tive a cara de pau de pedir a entrevista. Eu confiei na sabedoria dele, e ele aceitou falar”, relembra. 

São 70 anos de história que separam a apresentação dos irmãos repentistas Otacílio, Dimas e Lourival Batista, e do poeta popular Manoel de Lira Flores, no palco de Santa Isabel, e a primeira apresentação do documentário que Alexandre realizou em associação com a produtora Página 21. Parceiros em outras aventuras, como a série Minha Vida, Minha Cara, do canal Futura, Alexandre e Bráulio se mostraram ainda mais afinados para contar a história da cantoria de viola, uma das vertentes do romanceiro popular nordestino, a partir da trajetória do repentista Lourival Batista, o Louro do Pajeú, um ano depois do centenário de seu nascimento.

Leia a reportagem completa na edição desta segunda-feira (21/3) no Caderno C, do Jornal do Commercio.

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