CINEMA

Ator de Lolo, do Festival Varilux, é um novo astro do cinema francês

Vincent Lacoste estrela longa dirigido por Julie Delpy

Ernesto Barros
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Ernesto Barros
Publicado em 18/06/2016 às 10:16
Mares Filmes/Divulgação
Vincent Lacoste estrela longa dirigido por Julie Delpy - FOTO: Mares Filmes/Divulgação
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O francês Vincent Lacoste, 25 anos, foi o ator francês mais visto no Festival de Cannes, no mês passado. Além de dividir a tela com Virginie Erifa, em Victoria, que abriu a Semana da Crítica, ele ainda protagonizou dois curtas realizados por amigos: Après Suzanne, de Félix Moati, na Seleção Oficial de Curtas, e L´?Enfance d´?un Chef , de Antoine de Bary, também na Semana da Crítica.

No Festival Varilux, Vincent é o protagonista do longa Lolo - O Filho da Minha Namorada, de Julie Delpy, no qual interpreta um adolescente mimado e narcisista que atormenta a mãe, Violette (Delpy), e todos os namorados dela. Sendo que o último felizardo é Jean-René (Dany Boon), um nerd do interior, que se muda de Biarritz para Paris e tenta um namoro com Violette. O filme será exibido hoje, no Cinema São Luiz, às 14h.

"Aos 16 anos, eu fiz com Julie O Verão do Skylab e desde então ficamos muito próximos. Ficou natural trabalhar com ela, que não gosta de ensaiar muito, mas filma à vontade, com muitas tomadas. Ela é muito exigente", segredou Vincent, que também esteve no Brasil, na comitiva do Varilux.

Sobre Lolo, Vincent foi direto ao falar do perfil do personagem: "Ele tem muitos problemas. Eu tentei fazer de Lolo um cara metido e amostrado. Quando fala com alguém, ele fica meio lânguido, como se quisesse que todos ficassem apaixonados e sexualmente atraídos por ele".

O ator ainda revelou que Julie deu muitas dicas para a construção do personagem, principalmente na indicação de filmes. "O mais importante foi Gaslight (À Meia-Luz), de George Cukor, em que o personagem de Charles Boyer, um homem perverso e narcisista, tenta fazer com a mulher dele, interpretada por Ingrid Bergman, acredite que ela esteja ficando louca", explicou.

Embora faça muitos longas-metragens - uma média de três por ano -, Vincent disse que dedica parte do seu tempo para participar de curtas-metragens dirigidos por amigos, que estão se lançando como cineastas. "As pessoas com as quais faço os curtas são aquelas com que eu partilho uma visão de cinema. É a maneira de mostrar nosso jeito de fazer filmes, em que também posso explicitar meu modo de representação".

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