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Kleber Mendonça Filho fala sobre Aquarius, ao vivo da redação

Diretor pernambucano a produtora Emilie Lesclaux são entrevistados por Ernesto Barros e Flávia de Gusmão na tarde desta segunda-feira

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Publicado em 05/09/2016 às 15:02
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Diretor pernambucano a produtora Emilie Lesclaux são entrevistados por Ernesto Barros e Flávia de Gusmão na tarde desta segunda-feira - FOTO: AFP Photo/Thibault Camus
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O pernambucano Kleber Mendonça Filho e a francesa Emilie Lesclaux, diretor e produtora do filme Aquarius, são entrevistados pelos jornalistas Flávia de Gusmão e Ernesto Barros, nesta segunda-feira (5/9), para a TV JC. O público pode acompanhar a conversa ao vivo, além de enviar suas perguntas e comentários, pela página do Jornal do Commercio no Facebook.

Aquarius entrou no circuito brasileiro na quinta-feira (1/8), com exibição em 85 salas. A atriz Sonia Braga interpreta a jornalista Clara, atualmente a única moradora de um antigo edifício na Avenida Boa Viagem. O longa-metragem se aprofunda no tema da memória, abordando-o em suas diversas facetas. O apartamento onde Clara vive e seus objetos são cheios de histórias, que aos poucos vão se desdobrando na narrativa.

Ao mesmo tempo, Aquarius também aborda a questão da especulação imobiliária, pois uma construtora pressiona Clara a vender seu apartamento para que outro prédio seja construído no local. Além do roteiro, o tema também está presente no filme através de detalhes, como a escolha feita por Kleber Mendonça Filho de apagar de uma imagem área da cidade as chamadas "Torres Gêmeas", construídas no Cais de Santa Rita.

TRAJETÓRIA

Aquarius estreou em maio, na seleção oficial do Festival de Cannes, quando os artistas fizeram um protesto contra o golpe de estado no Brasil. Na época, a presidenta Dilma Rousseff já estava afastada de seu cargo. Aquarius foi bastante aplaudido na França e, de lá, o filme seguiu sua trajetória por outros festivais em cidades como Sidney, Lima, Amsterdã e Gramado (o longa-metragem também será exibido em Nova Iorque).

Aquarius chegou ao Brasil sob grande expectativa. Os ingressos para a pré-estreia no Recife, que ocorreu no São Luiz, esgotaram em 40 minutos. Por outro lado, pessoas contrárias ao protesto realizado pela equipe sugeriram a realização de um boicote.

Houve ainda um grande debate envolvendo sobre as colocações do crítico Marcos Petrucelli, que é um dos jurados da comissão que indica uma produção brasileira para disputar uma das vagas do Oscar 2017. O fato culminou na retirada dos filmes Mãe só Há Uma (de Anna Muylaert), Minha Amada Morta (e Aly Muritiba) e Boi Neon (de Gabriel Mascaro) da disputa pelos seus diretores.

Pouco antes da estreia no circuito nacional, houve outro debate em torno da classificação etária recebida por Aquarius, que inicialmente foi de 18 anos (depois disso, a justiça decidiu diminuir para 16 anos). 

Nesta primeira semana de exibições pelo Brasil, o próprio público também tem se expressado politicamente - pessoas levaram cartazes ou gritavam "Fora, Temer!".

 

 

 

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