Premiação

Festival de Berlim conta com júri majoritariamente feminino

Presidido pela atriz Juliette Binoche, o 69º Festival de Berlim contará com 17 filmes na competição e apenas dois homens no júri

da Estadão Conteúdo LUIZ CARLOS MERTEN
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LUIZ CARLOS MERTEN
Publicado em 04/02/2019 às 9:55
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Presidido pela atriz Juliette Binoche, o 69º Festival de Berlim contará com 17 filmes na competição e apenas dois homens no júri - FOTO: Foto: AFP/Reprodução
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Apenas dois homens, o diretor chileno Sebastián Lelio e o crítico do The Los Angeles Times, Justin Chang, estão no júri do 69.º Festival de Berlim, que começa na quinta-feira, dia 7, e vai até dia 17 - mas a premiação ocorre no sábado, 16. O júri é presidido pela atriz Juliette Binoche e o restante da composição é de mulheres, incluindo a também atriz Sandra Huller, de Toni Erdman, a cineasta inglesa Trudie Styler, que não deve gostar muito de ser identificada como companheira de longa data de Swing, e a curadora do arquivo de cinema do MoMA, Rajeendra Roy

Competidores

O júri vai escolher os vencedores dos Ursos (de Ouro, Prata) entre os 17 filmes da competição - sete dirigidos por mulheres e a maioria, dez, por homens. Por causa da disparidade, que ainda existe - e tenta compensar na composição do júri -, o diretor do festival, Dieter Kosslick, assina no dia 9 um termo de compromisso, fixando a igualdade de gênero como meta a ser alcançada na seleção. Entre os filmes que concorrem ao Urso de Ouro estão - L'Adieu à la Nuit, de André Téchiné; Elisa e Marcela, de Isabel Coixet; The Golden Glove, de Fatih Akin; Grâce à Dieu, de François Ozon; Mr. Jones, de Agnieszka Holland; One Second, de Zhang Yimou; Out Stealiong Horses, de Hans Peter Molland; Repértoire des Villes Disparues, de Denis Coté; The Kindness of Strangers, de Lone Scherfig, que será o filme de abertura; Ondog, de Wang Qua'Nan; I Was at Home, But, de Angela Schanelec; La Paranza dei Bambini, de Claudio Gennovesi; A Tale of Three Sisters, de Emin Alper; The Operatrive, de Yuval Adler, etc.

O festival homenageia Agnès Varda, de 90 anos, exibindo seu novo documentário, Varda par Agnès. E outorga o Urso de Ouro especial, de carreira, a Charlotte Rampling. Também festeja os 40 anos do Panorama com uma seleção de melhores filmes da seção conhecida, desde a sua origem, por abraçar obras inovadoras. Berlinale Classics promove a exibição das versões restauradas de A Palavra, de Carl Theodor Dreyer; Atire a Primeira Pedra, western de George Marshall, com Marlene Dietrich; e The Wayward Girl, de Edith Carimar, com a primeira aparição de Liv Ullman. A Noruega é o país em destaque no European Market.

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