A tarde de domingo se manteve como um horário de bastante movimento na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). Por volta das 14h de hoje (5/7), já havia muita gente carregando sacolas de compras pelo Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE). Enquanto isso, do lado de fora, várias pessoas chegavam ao local.
"Estou achando a feira boa e tem muita gente. Mas é preciso melhorar a organização do banheiro para as mulheres. A fila está ficando muito grande, acaba tumultuando a passagem", afirmou a artesã Maria de Lourdes da Silva.
Conhecida como Lourdinha, ela, que faz parte da Associação Quilombola de Conceição das Crioulas (de Salgueiro), já esteve em várias edições da Fenearte. "Somos um grupo que se organizou e estamos pagando as parcelas, a gente não teve ajuda da prefeitura de lá. Se tivesse uma maneira de o governo baratear mais um pouco os custos para o artesão seria bom".
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O espaço dos corredores, relacionado à situação lembrada por Lourdinha, é algo a ser observado nas próximas edições. Ao entrar na segunda parte da feira, dedicada ao Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), uma visitante comentava como eles eram mais largos do que no primeiro setor. A circulação se tornava mais fácil e segura, por exemplo, para os idosos, que visitam bastante a feira.
Entre os frequentadores da Fenearte, há desde quem vai mais pelo passeio, parando aqui e ali para uma fotografia, até os que vão em busca de algo específico ou se organizam para fazer aquisições neste período.
A professora de idiomas Olga Accetti é deste último grupo. Mais ou menos na metade do percurso, ela carregava as compras feitas junto com a sogra e a cunhada, Socorro e Cibele Soriano, em sacolas com rodinhas. “A gente vem todo ano. Fazemos a poupança Fenearte. Tem gente que vê as sacolas, para e pergunta se sou expositora”, contou Olga, rindo junto com Socorro.
"Os preços estão normais, acho que a mesma coisa do ano passado. A parte que eu mais gosto é a do artesanato brasileiro mesmo. Acho que no ano passado a decoração estava mais bonita, mas a gente sempre vem e gosta muito", continua.
Ela avaliou como aspecto positivo os pontos com lanche (ao longo da feira), mas acha que o trânsito e o estacionamento precisam de mais cuidado: "O trânsito estava confuso. A gente passou um tempo procurando vaga no estacionamento, mas não tinha iluminação naquela parte e fomos procurar outra vaga. A sinalização está fraca. Nós sabemos como chegar aqui, mas é preciso pensar nos turistas".
O acesso ao estacionamento ocorre apenas pela Avenida Agamenon Magalhães e, a saída, pela Avenida Professor Andrade Bezerra (continuação da Estrada de Belém). É cobrada uma taxa de R$ 6, das 7h à 0h, para carros de passeio, e a diária custa R$ 15. Segundo os realizadores da Fenearte, o número de vagas foi ampliado para 3 mil (somando as vagas na área do Centro de Convenções e da Fábrica Tacaruna).
Mas a procura é grande e, de olho na movimentação, teve quem transformasse o terreno de casa em estacionamento nos arredores da feira. A placa indicava os valores: R$ 10 para carros e R$ 5 para motos.
A organização da feira divulgou o balanço dos primeiros dias do evento: Mais de 25 mil pessoas na sexta-feira (3/7) e mais de 15 mil na quinta (2/7), quando ela foi aberta ao público. O evento termina no próximo domingo (12/7).