Fernanda Gentil mostra uma janela para a sua intimidade

O que era um blog terminou por virar livro. Nele, a jornalista compartilha histórias de sua vida em família

Foto: Léo Aversa/Divulgação
O que era um blog terminou por virar livro. Nele, a jornalista compartilha histórias de sua vida em família - FOTO: Foto: Léo Aversa/Divulgação

“Carioca, sagitariana, perto dos 30, amiga da Gi e da Grazi, fã número 1 da Sandy, acredita no destino e no amor”. É assim que a jornalista da Rede Globo Fernanda Gentil é apresentada na orelha de seu primeiro livro, Gentil como a Gente (Intrínseca, 2016) que, como diz o subtítulo, buscar contar a (sua) história de uma família sem firulas.

Um processo que, segundo a própria, em entrevista ao Jornal do Commercio, começou em setembro de 2014 quando, inspirada no sucesso de seu blog na internet, o gentilbraga.com, a Editora Intrínseca a procurou: “Na verdade era uma ideia que eu já tinha, mas a Intrínseca conseguiu realizar. Eles me procuraram e fizeram a proposta de escrever o livro. Fazer do meu blog um livro, na verdade, e eu topei”, explicou Fernanda.

Em 228 páginas ricamente (e divertidamente) ilustradas, com direito a vídeos em QR-code, Gentil vai contando histórias baseadas em fatos reais de sua vida que circulam, basicamente, em torno de sua vida em família com o Matheus Braga, ou simplesmente, o Momô, com quem foi casada até o início deste ano. No livro, Fernanda é Mocinha. E esses apelidos carinhosos são apenas o começo de uma narrativa contada numa linguagem descontraída, quase como um texto de stand-up comedy.

E quem pode ler Gentil como a Gente? “Eu costumo dizer que desde o chocólatra até quem só come rúcula. É para todo mundo. É pra quem quiser se divertir, se entreter, se emocionar, dar boas risadas. É para quem está aberto a boas histórias, independente de idade”, esclarece Fernanda.

No enredo, conhecemos no (emblemático) primeiro capítulo – Não tem hora nem lugar – como Momô e Mocinha se conheceram: no aniversário de 15 anos da protagonista, ao som de Backstreet Boys, seguido de Macarena e Sandy & Junior, como ela relata. Nos QR-codes, a autora resgata imagens de sua festa de debutante.

O livro segue contando os primeiros passos dos Gentis. Do namoro ao casamento, com direito a terapias de casal. Segundo Fernanda, cada capítulo demorava, em média, oito horas para ser escrito, em virtude do processo de escolha das imagens: “Fiz todo o trabalho de releitura, recorte, edições, e troquei todas as fotos uma por uma. Porque na internet, os direitos autorais são uns, e no livros são outros”, explicou.

Com DR’s, crises de ciúmes, momentos de amor e fofura, a jornalista brinca até com os momentos “trágicos”, como em Quando o Fogo Acaba, onde relata o episódio em que as velas simbólicas da cerimônia de casamento foram, simplesmente, acesas durante um apagão pelo Matheus Momô enquanto a Mocinha não estava em casa.

Originalmente, Gentil como a Gente teria seu desfecho com o nascimento de Gabriel, filho do casal, em agosto de 2013. Mas a separação na vida real fez com que Fernanda alterasse o capítulo Fim de seu livro poucos meses antes do lançamento: “Achei justo e honesto com os leitores. Eu não tinha como deixar de fora, infelizmente, esse capítulo que foi a separação. Mas contei de uma forma suave, vaga, até certo ponto romântica, mas bem verdadeira”, justificou ela, que acrescentou: “Se em algum lugar, eu teria que escrever mais de duas linhas sobre isso, seria só neste livro. Para todos os outros veículos e meios, eu não devia mais nenhuma satisfação”.

Apesar desta experiência, Fernanda quer continuar se comunicando através dos livros: “Se Deus quiser! Tô querendo. Fui movida pelo bichinho do livro. Porque o processo do livro na verdade é o inverso de tirar a ideia do papel, né? Você bota a sua ideia ‘no’ papel. É muito legal você eternizar um projeto seu, fazer daquilo algo portátil, para que possam levar essas histórias, ler e se divertir. Então eu realmente penso em escrever mais”, disse a jornalista.

OLIMPÍADAS DO RIO

Na correria recente das Olimpíadas do Rio, onde cobriu pela Rede Globo, ela comentou que, assim como o livro, foi um momento ímpar: “Os Jogos Olímpicos trazem um valor positivo muito grande. Uma energia diferente, sabe? Então fazer, minimamente, parte disso, ser uma mera comunicadora de histórias tão interessantes, para mim, foi um sonho que eu acabei de realizar. E espero realizar várias outras vezes”, disse a gentil Fernanda.

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