Ingrid Guimarães defende atitudes de Elvira em 'Novo Mundo'

''Ela faz maldade para sobreviver'', afirma a intérprete da portuguesa Elvira Matamouros

Foto: GShow/Divulgação
''Ela faz maldade para sobreviver'', afirma a intérprete da portuguesa Elvira Matamouros - FOTO: Foto: GShow/Divulgação

Ingrid Guimarães voltou às novelas em Novo Mundo, folhetim das 18h da Globo, como a antagonista Elvira Matamouros. Após dedicar os últimos anos ao cinema, à série 'Chapa Quente' e ao programa 'Além da Conta', do GNT, a atriz está satisfeita com o atual papel, principalmente porque vai além do humor. Na trama, Elvira é casada com Joaquim (Chay Suede) e será uma pedra no sapato do protagonista, dificultando que ele fique com seu grande amor, Anna (Isabelle Drummond). Porém apesar das armações de sua personagem, Ingrid a defende.

"Eu não acho que a Elvira é uma vilã. Ela tenta atrapalhar esse romance lindo dos dois, mas não é uma mulher que faz maldade por fazer. É a forma que arranja para sobreviver. Mas é claro que, com relação ao Joaquim, ela não tem escrúpulo algum", ressalta a atriz.

Na trama de Thereza Falcão e Alessandro Marson, Elvira veio para o Brasil atrás de Joaquim. Após se surpreender ao encontrá-lo vivo, ela inventa que o órfão Quinzinho (Théo Lopes) é filho do rapaz para mantê-lo longe de Anna. Para Ingrid, a parceria com Chay Suede tem sido boa e a dupla ainda terá muitos conflitos.

"É maravilhoso trabalhar com o Chay. Falo que ele é um menininho de alma velha, porque é muito sério, dedicado e parece um ator maduro que está há muito tempo aí. A gente se deu bem", revela.

Antes de 'Novo Mundo', Ingrid tinha atuado em 'Sangue Bom', em 2013, também na Globo. E, desde então, a atriz se dedicou a outros projetos. Ela comenta que aceitou o convite para interpretar Elvira não só por ela fazer parte de um núcleo cômico, mas também por estar envolvida na trama central. Além disso, Ingrid destaca que a oportunidade de fazer um sotaque português e algo mais teatral dentro da televisão foram importantes para dizer sim ao convite.

"Não poderia ser uma personagem melhor. Quando a gente faz comédia em novela, normalmente o núcleo é praticamente um esquete. Nos diálogos da Thereza e do Alessandro, que são pessoas de teatro, o humor é de um refinamento que está a serviço da história. Não tem piadinha, a situação que é engraçada", conta.

Embora nos primeiros capítulos do folhetim Elvira participasse da sequência de fuga rumo ao Brasil, Ingrid diz que não precisou ensaiar com espadas. A atriz lembra que contou com a ajuda de dublês e que não teria saído viva da cena sem eles. Sua preparação envolveu mais a parte de aprender o sotaque português e sobre a commedia dell'arte.

"É diferente construir uma personagem assim porque ela não é dos tempos atuais. Ela faz commedia dell'arte e se sente uma diva! Eu me inspirei muito em um filme chamado 'Crepúsculo dos Deuses' (1950), pois ela é uma pessoa que está na sarjeta, mas se porta como diva em todos os momentos", diverte-se.

AUTOESTIMA

Por interpretar uma atriz que pensa ser uma diva, Ingrid trabalhou a autoestima. Ela comenta que nunca tinha dado vida a uma personagem que se achasse tão incrível. Empolgada, acredita que esse é um dos melhores papeis que já teve dentro da emissora "Ela se acha uma diva, linda, que todo mundo é apaixonado por ela, que é uma atriz reconhecida na Europa inteira. É um papel realmente diferente de tudo que já fiz", ressalta.

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