Criadores de 'Os Simpsons' retiram episódio com Michael Jackson

As acusações de pedofilia contra o cantor Michael Jackson, apresentadas no documentário 'Leaving Neverland', motivaram a retirada do episódio lançado em 1991

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As acusações de pedofilia contra o cantor Michael Jackson, apresentadas no documentário 'Leaving Neverland', motivaram a retirada do episódio lançado em 1991 - FOTO: Foto: AFP/Reprodução

Os produtores de Os Simpsons vão deixar de exibir um episódio da série animada que conta com a participação de  Michael Jackson devido às acusações de pedofilia contra o falecido astro pop apresentadas no documentário Leaving Neverland ("Deixando Neverland"). 

"Esta é a única decisão possível", disse James Brooks, produtor da série, ao The Wall Street Journal, acrescentando que o episódio da terceira temporada do programa (lançada em 1991) não será retransmitido e nem ficará mais disponível nos serviços de vídeo sob demanda. 

Brooks, um dos três criadores do desenho animado, disse que a decisão de retirar o episódio foi acertada com os outros dois autores da série, Matt Groening e Al Jean. 

Ao jornal, o produtor afirma que achou convincente o  documentário produzido pelo canal HBO que aborda os supostos atos de pedofilia do cantor, morto em 2009.

Participação

O episódio banido é Papai Muito Louco, no qual Michael Jackson deu a voz a um personagem que Homer Simpson conhece num hospício e que alega ser o cantor, apesar de ter uma aparência física completamente diferente. A pedido do astro, sua participação não foi creditada, mas acabou sendo revelada por Groening em 2018, numa entrevista ao programa australiano "The Weekly". O produtor acrescentou que as músicas do desenho foram cantadas por um ator sob a supervisão do próprio Jackson, para evitar problemas com a sua gravadora. 

Pivô dessa decisão dos produtores de Os Simpsons, Deixando Neverland foi exibido no último fim de semana nos Estados Unidos e traz o depoimento de  dois homens que afirmam terem sido molestados sexualmente várias vezes por Jackson  quando ainda eram crianças. 

"O documentário apresenta um comportamento monstruoso", comentou Brooks. 

Esta não é a primeira repercussão negativa desta produção na imagem de Michael Jackson. No Canadá e na Nova Zelândia, emissoras de rádio baniram de suas programações as músicas do artista americano.

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