O escritor e professor titular de teoria da literatura na UFPE, Lucilo Varejão Neto, toma posse nesta quinta-feira (7/4) na Academia Pernambucana de Letras (APL). O que para ele não será nenhum mistério. Se tem alguém para quem a “imortalidade” acadêmica não é novidade, é ele. Faz parte da Academia Recifense de Letras, da Academia Olindense de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.
“Esse é um percurso natural para mim. Passei minha vida inteira dedicada aos livros. Eu penso assim: se alguém gosta de dominó, vai se aproximar de quem também gosta. É a mesma coisa no meu caso...”, explica o autor.
Ele assumirá à vaga na cadeira de número 2, que foi ocupada por seu pai, Lucilo Varejão Filho, e seu avô, Lucilo Varejão. “É a primeira vez que três gerações diferentes de uma mesma família assumem uma vaga na Academia Pernambucana de Letras. E mais: os três irão assumir a mesma cadeira”, observa Lucilo.
O novo imortal aproveita para lançar o livro de poemas A idade da pedra, do seu pai, que estava esgotado e autografa a segunda edição dacoleção de ensaios, Entre o mundo e o homem, com selo da Editora Universitária, que estava esgorada.
“Neste livro estão ensaios curtos. São reflexões sobre autores e obras eleitos no meio de uma plêiade maior de nomes"., Lucilo se debruça sobre nomes como Albert Camus, Alphonse Lamartine, Jean Genet, Nelson Rodrigues, Manuel Bandeira, Rimbaud e até revê o trabalho do seu avô.
