Pouco lugares do Brasil podem ostentar uma história tão ampla e antiga como Fernando de Noronha. Ao visitar o arquipélago pernambucano, em 1974, a historiadora Marieta Borges Lins e Silva descobriu que mesmo os professores do próprio local não conheciam nada do seu passado. Nascia ali a semente de um projeto que tomaria mais de 30 anos de trabalho da educadora e resultaria no livro Fernando de Noronha: cinco séculos de história (Ed. Universitária, 551 páginas, R$ 150), relançado nesta quinta (14/11), às 17h, na EcoFliporto, com palestra na Biblioteca Pública de Olinda.
O livro sai agora em uma edição ampliada, com mais de 200 páginas adicionadas à primeira versão, de 2009, que vinha acompanhada de um CD. “A obra nasceu dessa tentativa, pouco depois de 1974, de fazer uma linha do tempo da história da ilha. Fui me envolvendo, juntando o que achava e o que amigos e colegas me traziam, e a pesquisa cresceu”, conta Marieta. Para ela, a palestra e o relançamento são fundamentais. “O mais importante é que agora a obra está sendo apresentada como um todo, mostrando não só o passado de Fernando de Noronha, mas o seu patrimônio imaterial”, ressalta.
O volume traz os vários momentos da ilha na história, desde o período do descobrimento por Américo Vespúcio e a ocupação por Fernão de Loronha, passando pelos tempos da pirataria, até eventos mais recentes, como a transformação do local em prisão política. As diversas presenças estrangeiras, de holandeses, franceses, italianos, americanos, espanhóis, ingleses, alemães, suecos, suíços e belgas, também são citadas, com relatos de viagens e documentos.
Leia mais no Jornal do Commercio desta quinta (14/11).