Flip

Venda de ingressos para a Flip 2014 começou nesta segunda e já está quase esgotada

No site de vendas, todos os ingressos já estão esgotados para quase todas as mesas, mas o curador do evento, Paulo Werneck, garante que não faltarão atrações para quem quiser aproveitar o evento

Da ABr
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Publicado em 30/06/2014 às 20:52
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Começou nesta segunda-feira (30) a venda de ingressos para as mesas de debate da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre de 30 de julho a 3 de agosto na cidade fluminense. No site de vendas, todos os ingressos já estão esgotados para quase todas as mesas, mas o curador do evento, Paulo Werneck, garante que não faltarão atrações para quem quiser aproveitar o evento.

“Eu nunca vi alguém ir para Paraty e não conseguir entrar em alguma mesa. Sempre existe um jeito, sempre sobra um ingresso, existe uma forma que a Flip faz de venda de lugares vazios de última hora. Fora isso, a cidade inteira tem programações interessantes de graça, dos parceiros da Flip. Tem um monte de debates. Quem for e não quiser gastar R$ 1 vai sair satisfeito”.

Além disso, Werneck lembrou que o show de abertura com a cantora Gal Costa será gratuito, na praça da Matriz e, pela primeira vez, a transmissão ao vivo da programação principal também, por meio de telão na Praça da Santa Casa, além da internet.

A 12ª edição da Flip trará 44 autores, em cinco dias de festa, com cerca de 200 eventos, entre debates, shows, exposições, oficinas, exibições de filmes e apresentações de escolas. Entre os autores confirmados estão Antonio Prata, Bernardo Kucinski, Cacá Diegues, Edu Lobo, Eduardo Viveiros de Castro, Eliane Brum, Glenn Greenwald, Gregorio Duvivier, Jaguar, Marcelo Gleiser e Marcelo Rubens Paiva.

Além da programação principal, que tem cerca de 20 mesas, as atrações são divididas entre as iniciativas de cultura, educação e tecnologia destinadas aos jovens na FlipZona; as pré-estreias, filmes, leituras de peças teatrais, exposições e debates na programação paralela da FlipMais; e a parte educacional e infantil com a Flipinha.

A estimativa de público é entre 20 mil e 25 mil pessoas. De acordo com Werneck, a ideia é que a festa não cresça demais, para não perder a essência. “Tem uma demanda para que a Flip fique maior, mas Paraty tem um tamanho limitado e a gente acha que seria sobrecarregar, destruir um pouco o que a Flip é, daquele clima da cidade. Senão perde o sentido, perda a intimidade de você poder ver o autor de perto, você ter a sensação de estar numa cidade de escritores e leitores”.

Entre os destaques desta edição está a participação de países que nunca estiveram na feira. “Além da presença do primeiro escritor russo na Flip, o Vladímir Sorókin, a gente tem uma quantidade de nacionalidades que é um recorde na Flip, com autores de países que nunca foram, como Nova Zelândia, tem uma série de países que a gente está conseguindo trazer um conjunto multicultural”, explica Werneck.

O homenageado desta edição será Millôr Fernandes, que, segundo o curador, reuniu o mundo da Flip num homem só. “Ele era um homem eclético, era um tradutor de Shakespeare que podia fazer um cartum, depois escrever uma peça de teatro e depois um livro de contos. Era um cara que fazia de tudo, jogada em todas as posições. E isso é uma coisa que a Flip tem, ela é uma festa eclética, que mistura gente de todo tipo, escritores de todo tipo, leitor de todo tipo”.

Com a primeira edição em 2003, a Flip inseriu o Brasil no circuito internacional de festivais de literatura e já recebeu autores mundialmente respeitados, como Julian Barnes, Don DeLillo, Eric Hobsbawm e Hanif Kureishi.

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