CRÍTICA

Café Colombo lança revista com bate-papo com Samarone Lima

O programa de rádio se transforma em publicação impressa nesta quarta (8/10), com evento na Livraria Cultura do Paço Alfândega

Diogo Guedes
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Diogo Guedes
Publicado em 08/10/2014 às 5:30
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O programa de rádio se transforma em publicação impressa nesta quarta (8/10), com evento na Livraria Cultura do Paço Alfândega - FOTO: Foto: Reprodução
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O Café Colombo, um dos tradicionais projetos de debate e divulgação da literatura em Pernambuco, dá nesta quarta (8/10) um novo passo. Já consolidado como programa de rádio, parceiro de eventos e festivais e também site, ele se transforma também em uma revista, com o mesmo nome. Com 48 páginas, a primeira edição é lançada nesta quarta (8/10), às 19h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega, com uma nova edição do projeto Café Colombo Ao Vivo, que conta ainda com uma entrevista com o poeta e jornalista Samarone Lima – premiado neste ano pela Fundação Biblioteca Nacional com o livro O aquário desenterrado.

A ideia da publicação é manter traços que acompanham o programa – criado por Renato Lima, Eduardo César Maia, Marcelo Sandes e Marcelo Correia para falar sobre literatura, filosofia, política e economia – nos seus 12 anos de existência, como a reflexão, a ironia e o tom ensaístico. O projeto surgiu de uma provocação do designer Luiz Arrais, que, depois de sugerir que o programa de rádio poderia gerar uma revista, criou sozinho um projeto gráfico para ela. “Quando vimos a diagramação, mesmo sem nenhuma matéria, decidimos que íamos botá-la de todo jeito na rua, mesmo que fosse com dinheiro do nosso próprio bolso”, conta o jornalista e doutor em Teoria Literária Eduardo César Maia. “A capa surgiu antes mesmo do dossiê sobre o politicamente correto, ela foi o mote para a ideia.”

Eduardo ficou responsável por comandar a edição da publicação. Nesse número “zero”, impresso em uma parceria com Companhia Editora de Pernambuco, há ainda uma entrevista com o escritor Ricardo Lísias, uma análise sobre Marcelino Freire e pautas sobre o jornalismo de falsas notícias, a crítica literária em jornais, arte conceitual, críticas e até passatempos, como uma cruzadinha. Entre os colaboradores, nomes como João Cezar de Castro Rocha, Adelaide Ivánova, Brenno Kenji Kaneyasu e Jaíne Cintra. “Queria criar o jornalismo cultural que sempre quis ler e que, apesar dos bons produtos que existem aqui, não encontra espaço”, aponta. “Em Pernambuco, temos uma literatura forte, que está sendo premiada, mas a reflexão sobre a literatura anda em baixa ou tem pouca repercussão”.

Como referências nacionais, Eduardo cita revistas como Piauí, Serrote e Dicta e Contradicta, que se propõem a fazer textos reflexivos em que os autores se posicionam e se colocam – ainda que, ao contrário de parte delas, o Café Colombo não siga uma orientação ideológica. “Não temos problemas em ter textos com um viés claro, mas acredito que um embate entre diferentes visões, como temos no nosso dossiê dessa edição, é mais enriquecedor”, comenta.

Leia mais no Jornal do Commercio desta quarta (8/10).

 

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