SOLENIDADE

Pernambucano toma posse na Academia Brasileira de Letras (ABL)

O diplomata e historiador Evaldo Cabral de Mello ocupa a Cadeira 34

Do JC Online
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Publicado em 27/03/2015 às 23:17
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O diplomata e historiador Evaldo Cabral de Mello ocupa a Cadeira 34 - FOTO: Foto: Divulgação
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O diplomata e historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello tomou posse na Cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras  (ABL) nesta sexta-feira (27). A solenidade foi realizada no Salão Nobre do Petit Trianon, no Rio de Janeiro. Cabral foi eleito no dia 23 de outubro do ano passado e sucede ao Acadêmico, romancista, cronista, jornalista e tradutor João Ubaldo Ribeiro, falecido no dia 18 de julho de 2014.

Segundo o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, a Academia seria o lugar certo para abrigar o diplomata. Para a cerimônia, Evaldo Cabral de Mello, foi recebido pelo Acadêmico Eduardo Portella. Depois foi convidado pelo presidente para receber a espada do decano presente à cerimônia, José Sarney. Em seguida foi feita a aposição do colar e a entrega do diploma, sendo empossado ao término pelo presidente da Academia. 

Entre os ocupantes antecessores da cadeira estão: João Manuel Pereira da Silva, fundador – que escolheu como patrono o sacerdote, poeta e autor de diversas obras líricas de caráter filosófico Sousa Caldas –, Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior), Lauro Severiano Müller, Dom Aquino Correia, R. Magalhães Jr. e Carlos Castelo Branco.

Sobre Evaldo Cabral

O eleito é irmão do poeta João Cabral de Mello Neto,  nasceu no Recife em 1936 e mora no Rio de Janeiro. Estudou Filosofia da História em Madri e Londres. Em 1960, ingressou no Instituto Rio Branco, iniciando dois anos depois a carreira diplomática. Trabalhou nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri, Paris, Lima e Barbados, e também nas missões do Brasil em Nova Iorque e Genebra, e nos consulados gerais do Brasil em Lisboa e Marselha.

Além disso, é especialista em História regional e no período de domínio holandês em Pernambuco no século XVII. Entre seus livros estão obras como Olinda restaurada (1975), sua primeira obra, Rubro veio (1986), sobre o imaginário da guerra entre Portugal e Holanda, e O negócio do Brasil (1998), sobre os aspectos econômicos e diplomáticos do conflito entre portugueses e holandeses. Sobre a Guerra dos Mascates e a rivalidade entre brasileiros e portugueses em seu Estado natal publicou A fronda dos mazombos (1995).

Outras obras do autor: O norte agrário e o Império (1984), O nome e o sangue (1989), A ferida de Narciso (2001) e Nassau: governador do Brasil Holandês (2006).

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