SÃO PAULO (SP) - O romance Toda luz que não podemos ver, de Anthony Doerr, que acaba de ser lançado no Brasil, pela Intrínseca, é o vencedor do Prêmio Pulitzer de ficção.
A premiação, uma das mais importantes dos Estados Unidos para trabalhos jornalísticos, é também uma das principais para obras literárias. O anúncio foi feito na tarde desta segunda (20), em Nova York.
Com mais de 500 páginas, o romance conta a história de Marie-Laure, uma garota parisiense que fica cega aos seis anos e se muda com o pai para a cidade de Saint-Malo durante a ocupação nazista em Paris, e do órfão Werner, que vive na Alemanha no mesmo período e se encanta com um rádio que localiza numa pilha de lixo.
Aos 41 anos, o americano Doerr - autor de dois livros de contos e de outro romance, "About Grace", de 2004 - foi aclamado por "Toda Luz que Não Podemos Ver", que busca um olhar alternativo para um período de horrores na Segunda Guerra. A obra, de 2014, foi listada entre os finalistas do National Book Award de ficção.
Além de premiar trabalhos jornalísticos, o Pulitzer agracia obras em diversas categorias artísticas e literárias. Os vencedores dessas categorias em 2015 foram:
Ficção: "Toda Luz que Não Podemos Ver", de Anthony Doerr
Peça: "Between Riverside and Crazy", de Stephen Adly Guirgis
História: "Encounters at the Heart of the World: A History of the Mandan People", de Elizabeth A. Fenn
Biografia: "The Pope and Mussolini: The Secret History of Pius 6º and the Rise of Fascism in Europe", de David I. Kertzer
Poesia: "Digest", de Gregory Pardlo
Não ficção geral: "The Sixth Extinction: An Unnatural History", de Elizabeth Kolbert
Música: "Anthracite Fields", de Julia Wolfe