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O incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, na tarde desta segunda (21), foi lamentado por artistas que já fizeram parte da história do espaço, um dos mais conhecidos do Brasil. O escritor Ferreira Gullar, que em 2007 fez a curadoria dos textos da exposição temporária Clarice Lispector – A Hora da Estrela, disse que ficou sabendo do ocorrido pela televisão.
“É de fato uma coisa lamentável. É um prédio que por sua vez também é patrimônio histórico, tombado. Além disso, o museu tem um acervo importante de língua portuguesa e desenha papel de incentivo à leitura e ao interesse pela língua portuguesa e escritores em geral”, disse Gullar ao JC.
A diretora e cenógrafa Bia Lessa, responsável pelo projeto da exposição Grande Sertões: Veredas,que abriu o Museu, em 2006, disse estar “sofrendo com esse evento dramático”.
“O Museu da Língua Portuguesa foi um museu pioneiro, importantíssimo, um museu sem artes plásticas, sem esculturas, um museu onde a língua e a linguagem tomou o primeiro plano. Um Museu vanguardista que abriu as portas para uma nova forma de se pensar museu”, afirmou Bia Lessa. “Muito triste, muito triste”, concluiu.