A Bienal Internacional do Livro de Pernambuco teve início ontem e contou com a presença do ministro da cultura, Sérgio Sá Leitão, o diretor do evento, Rogério Robalinho, o deputado Daniel Coelho, o presidente da Fundaj, Luiz Otávio cavalcanti e o pefeito de Olinda, Professor Lupércio na mesa de abertura. Mais uma vez, quem recebe esta 11° edição é o pavilhão do Centro de Convenções.
A importância de valorizar a literatura e investir na indústria criativa foi presente nos discursos dos presentes. Lupércio protagonizou um momento um tanto déjà vu da abertura da Bienal do Rio, quando o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivela, colocou Deus no centro de seu discurso.
O público estava ainda tímido para esse primeiro dia, mas formado principalmente por professores e estudantes. A mesa Representatividade Feminina no mundo Nerd, no espaço geek, reuniu um público bastante interessado no assunto. Quem encerrou a noite foi a paulista Walnice Nogueira com a palestra Lima Barreto: a República e os direitos humanos.
Uma crítica recorrente dos livreiros e do público em geral se deu a respeito da presença de estandes de artesanato dentro do evento. "Me preocupa que isso tire um pouco foco da literatura", disse uma vendedora. A professora universitária Luciana Ferreira estava com seu filho conferido a abertura do evento. "Eu sempre venho, a cada dois anos estou aqui, mas achei que esse ano faltaram editoras universitárias em relação às outras edições", explicou.
Ministro da Cultura
"Temos uma riqueza cultural imensa,a criatividade é um ativo intangível e precisamos continuar cuidando e monetizando", disse o ministro Sá Leitão, ressaltando a importância de investimento na área da economia criativa no Brasil.
Ele destacou ainda números relacionados à Bienal, como a geração de 3 mil empregos, o impacto econômico em cerca de R$ 40 milhões em negócios e também a importância no fomento ao setor turístico.
A Lei Rouanet - de incentivo à cultura - também esteve presente no discurso do ministro. Ele defendeu-a e criticou os que elegeram-a como "a Geni do País", fazendo alusão à música de Chico Buarque, Geni e o Zepelim. "Defendo, claro, a modernização da Rounet, afinal, quem, após 26 anos, não precisa se renovar? Mas temos que manter tudo isso no ambiente pautado pelos princípios constitucionais e reconhecer sua importância", disse.