O Prêmio Camões anunciou nesta segunda (21), em Lisboa, o vencedor da sua 30ª edição: o escritor cabo-verdiano Germano Almeida.
Segundo autor do país africano a ganhar a honraria, a principal da literatura em língua portuguesa, ele tem um livro editado no Brasil: Testamento do Sr. Napumoceno, que saiu pela Companhia das Letras e já foi adaptado para o cinema. O escritor vai ganhar 100 mil euros pela premiação, valor que é pago pelo governo português e brasileiro.
Em entrevista à Agência Lusa, Germano Almeida, se disse contente com o prêmio. "Estou muito feliz por saber que o que escrevo é apreciado ao ponto de me darem um prêmio tão prestigiado como o Camões", disse.
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TRAJETÓRIA
Germano é formado em Direito e foi procurador-geral da república em Cabo Verde. Além disso, foi eleito deputado pelo seu país. Seu livro O Meu Poeta, de 1989, é considerado o primeiro romance realmente nacional de Cabo Verde.
De acordo com o Ministério da Cultura brasileiro, Germano Almeida estreou como contista no início da década de 1980.
Seus primeiros textos foram assinados com o pseudônimo de Romualdo Cruz. Esses relatos, revistos ou reescritos, juntamente com outros até então inéditos, foram publicados em 1994 sob o título A Ilha Fantástica, a que se juntou A Família Trago, publicado em 1998, obras que recriam os anos da sua infância e o ambiente social e familiar da Ilha da Boa Vista.
Entre a sua extensa obra também se destacam títulos como O Meu Poeta (1990), Estórias de Dentro de Casa (1996), A Morte do Meu Poeta (1998), Dona Pura e os Camaradas de Abril (1999), As Memórias de um Espírito (2001), O Mar na Lajinha (2004) e Eva (2006).
As suas obras foram editadas no Brasil, França, Espanha, Itália, Alemanha, Suécia, Holanda, Noruega e Dinamarca. O escritor também foi um dos cofundadores da revista literária Ponto e Vírgula. Acaba de publicar o seu mais recente romance, O Fiel Defunto.