Amparo 60

Marcelo Peixoto lança antologia poética na Amparo 60

'Solidão Quebrada' reúne poemas do autor de 1960 a 2010. O lançamento acontece hoje na galeria, a partir das 18h

João Rêgo
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João Rêgo
Publicado em 18/11/2019 às 14:42
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'Solidão Quebrada' reúne poemas do autor de 1960 a 2010. O lançamento acontece hoje na galeria, a partir das 18h - FOTO: Divulgação
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A Galeria Amparo 60 será ponto de partida para uma viagem dentro dos 50 anos da obra do poeta e contista Marcelo Peixoto. Nesta terça (19), das 18h às 21h, o artista lança no espaço seu segundo livro de poesia, Solidão Quebrada. Toda a renda da venda da obra será revertida para o abrigo de idosos Cazuza Pereira, em Paudalho.

“Meu secretário mexeu nas minhas coisas e encontrou 178 poemas meus – dentro de pastas, coisas e até guardanapos. Digitalizou todos eles, e eu fui escolhendo os meus preferidos”, conta Marcelo.

O trabalho é uma antologia com poemas dos anos 1960 a 2010 escritos por ele. Pernambucano, residente no Rio de Janeiro há anos, sua coletânea de textos é, além de um mergulho completo na sua obra, uma cronologia dos seus processos artísticos. Separados por décadas, o livro, conta ele, funciona como sua autobiografia poética.

“Por ali, eu vi a trajetória da minha vida, especificamente de cada década. E durante isso a poesia vai mudando de acordo com sua forma de se expressar”.

Além da juventude, o livro também perscruta pelo envelhecimento do autor. Perto de completar 77 anos, o título do livro contempla os seus processos de escrita e autoconhecimento nos dias atuais. “A parte do envelhecimento, por exemplo, é de onde vem o nome Solidão Quebrada. Eu quebrei a solidão, eu agora convivo com ela”, explica.

Todas as páginas do livro são facilmente destacáveis, sem frente e verso. A ideia é que os poemas possam ganhar uma maior circulação. “Eu não quero que meu livro fique numa estante para as traças e os ratos. No mundo que a gente está vivendo precisamos muito que a poesia esteja transitando”.

FILME

Além do lançamento do livro, o artista também exibe, pela primeira vez, seu curta Marcantonio Vilaça – O Profeta das Cores. O filme, de 2003, gravado apenas três anos depois da morte do galerista, colecionador e marchand pernambucano, traz depoimentos de nomes importantes da cena cultural e artística da cidade e do Brasil, como Janete Costa, José Patrício, Moacir do Anjos, Cussy de Almeida, Valeska Soares e Leda Catunda.

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