ENTREVISTA

Roger Federer lança sua primeira linha de roupas

Tenista suíço criou uma linha de roupas casuais em parceria com a Nike

especial para Estadão Conteúdo Anna Rombino
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Anna Rombino
Publicado em 22/06/2016 às 17:04
Lionel Cironneau/AP
Tenista suíço criou uma linha de roupas casuais em parceria com a Nike - FOTO: Lionel Cironneau/AP
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Melhor tenista do mundo 17 vezes, o suíço Roger Federer acaba de lançar sua primeira coleção de roupas casuais. Criada em parceria com a Nike, a linha une a tecnologia da marca com o universo do tênis e o gosto pessoal do jogador. Entre as peças, há jaquetas, camisa polo, camisetas, calça e tênis. Batizada de NikeCourt x Roger Federer: Elegância Destemida, a linha estará à venda nas lojas físicas do mundo todo e no e-commerce da marca a partir do dia 25 de agosto.

Segundo Federer, sua principal preocupação foi com o caimento das peças, já que mesmo durante as partidas ele costuma aparecer com roupas bem ajustadas. Muitas referências para a coleção vêm da vida pessoal do tenista. A estampa dos cinco pontos, que aparece em camisetas, bolsas e tênis, por exemplo, lembram um episódio da infância de Federer, como ele conta na entrevista abaixo.

Os cinco pontos são um tema recorrente no design da sua coleção. O que representam?

Quando eu era mais jovem, costumava treinar com meu pai. Naquele tempo, eu era muito temperamental. Ele ficava decepcionado e dizia que não gostava de jogar comigo daquele jeito. Um dia ele perdeu a paciência de verdade, colocou uma moeda de cinco francos suíços num banco e disse: "Vejo você em casa, para mim chega". Acontece que a minha casa não era ali pertinho e levei 45 minutos para chegar. A história dos cinco francos se transformou numa peça importante do quebra-cabeça da minha carreira, pois me mostrou a importância do espírito esportivo, e a estampa vem daí.

O que seu estilo revela sobre você?

Tenho um gosto muito específico para caimentos de roupas que diz muito sobre mim. O tênis teve um período de roupas bem largas, e eu gostava disso. Era um reflexo da influência do basquete, que representa bastante o período que cresci. Com o tempo, comecei a buscar peças com um caimento mais exato. Para a coleção, pensei que seria possível trazer um estilo bacana para o mundo do tênis, e, em seguida, traduzi-lo para a moda casual, de rua.

Quando você começou a se interessar por moda?

Quando eu era mais jovem, tinha de ir a cerimônias de premiação e era preciso estar elegante no tapete vermelho. Aí me dei conta de que eu tinha apenas um terno, que nem era tão confortável assim. Comecei a usar ternos com mais frequência. No começo, eu não gostava. Mas depois fui aprendendo a me divertir com isso. Acho que isso acontece na moda, de modo geral. Não importa o que você faça: é preciso estar confortável. Para mim, esse raciocínio vale dentro e fora da quadra.

Qual foi sua participação na criação do logotipo?

Sempre participei da criação dos logotipos RF, mesmo antes deste projeto. Achei que seria legal ter um detalhe pessoal. No tênis, não carregamos o próprio nome estampado nas costas, como ocorre no futebol, ou um número na camisa, como no hóquei. Por isso pensei que seria bacana ter uma marca, como minhas iniciais, para que os fãs pudessem usar e sentir algum tipo de conexão comigo.

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