Nesta quinta-feira, 31, o caso de racismo que aconteceu durante o desfile da LAB, na São Paulo Fashion Week, com o próprio dono da marca, Evandro Fióti, chegou a mídia e foi repercutido por diversos veículos. A princípio, o rapper e estilista preferiu não comentar sobre o assunto, porém, topou gravar um vídeo com o idealizador da Semana de Moda brasileira, Paulo Borges.
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Fióti contou detalhes de como o segurança do evento o barrou, mesmo estando com a credencial certa para acessar a área. "Se fosse uma pessoa branca, isso não aconteceria", pontuou. Ele também revelou que o emprego da pessoa que o impediu de entrar no espaço também foi preservado, afinal, o problema não era pessoal: "O grande X da questão é que as empresas mudem a mentalidade das pessoas que trabalham para elas". Ele ainda pediu para que os funcionários sejam direcionados à "tratar os seres humanos sem exclusão". Paulo Borges reforçou: "A questão não é a punição, é a educação".
O produtor também disse que em nenhum momento tentou abafar o ocorrido: "O SPFW é uma plataforma que expande a notícia, não estamos aqui para esconder nada". E também que faz questão de abrir o diálogo sobre questões raciais no Brasil: "Estamos juntos contra esse tipo de preconceito, o SPFW abre portas para este tipo de discussão".
RACISMO ESTRUTURAL
Fióti fez questão de reafirmar que o problema não era apenas durante o evento de moda: "A gente vive em um país racista e o evento acontece neste país. Vamos mirar a arma para nós mesmos e ver se o local onde vivemos também não é racista". E finalizou: "Não vamos mais ficar calados sobre este tipo de situação. Foi racismo o que aconteceu", finalizou.