EXPERIMENTAL

Projeto Passo Torto busca caminho não literal

Quarteto reúne os músicos paulistas Romulo Fróes, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Marcelo Cabral

Do JC Online
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Publicado em 11/12/2011 às 6:00
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O caminho percorrido pelos músicos paulistas Romulo Fróes, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci e Marcelo Cabral, no projeto Passo Torto, segue um andar próprio: o ponto de partida do quarteto é o samba, mas, durante o trajeto tortuoso, eles o desconstroem. O resultado dessa primeira produção em conjunto (embora os quatro costumem realizar parcerias em seus trabalhos individuais) foi disponibilizado na internet no mês passado. Estreou no palco do Sesc Vila Mariana, em São Paulo, há duas semanas, e está concorrendo a melhor show nacional do ano na enquete proposta pelo Guia da Folha de São Paulo na internet.

"Somos músicos tortos pelo fato de fazermos sons que procuram não traduzir gêneros literalmente, que negam o samba e a música brasileira justamente para fazer samba e música brasileira com aquele frescor de quem está tomando contato com a coisa pela primeira vez e ainda não tem opiniões prontas", afirma o cantor, compositor, violonista e cavaquinhista Rodrigo Campos, em entrevista por e-mail. Produzindo seu segundo disco, que vem para substituir São Mateus não é um lugar assim tão longe (2009), Campos assina a maior parte das 11 faixas do disco do Passo Torto, que leva o nome do projeto. Apesar disso, não há como medir o peso de cada um dos integrantes no trabalho, já que todos vêm transitando por um universo com vários pontos em comum.

"Com a convivência, começamos a compor juntos e fazer shows, desde 2010, até que pintou a vontade de fazer o disco. Foi quando o produtor Maurício Tagliari sugeriu que colocássemos um baixo, além do cavaco, violão e vozes que já rolavam. Então incluímos o Marcelo Cabral, que trouxe o que faltava para criar a estética sonora do disco", explica Campos.

Não é de hoje que os integrantes do Passo Torto vêm se destacando na cena musical paulistana e também nacional. Rômulo Fróes já lançou quatro CDs solos (sendo o mais recente Um labirinto em cada pé, no meio do ano); Kiko Dinucci vai em cinco discos, dividindo o último Metá metá (2011), com os músicos Juçara Marçal e Thiago França; e Marcelo Cabral encabeça o projeto Marginals, com o qual estreou esse ano, além de ter produzido os elogiados álbuns de Lurdez da Luz e Criolo.

Leia a matéria completa no Caderno C deste domingo (11).

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