Rio de Janeiro - "O amor serve como um protesto. Amar já é um protesto!". Foi assim - com respostas pontuadas por frases enfáticas e reflexivas e muita simpatia e abertura - que se caracterizou a entrevista coletiva realizada nesta tarde, na sede da gravadora Biscoito Fino, no bairro do Humaitá, pela cantora Maria Bethânia. Ela falou sobre Óasis de Bethânia, seu disco de número cinquenta.
"Sou uma pessoa que escreve muito. Passo fins de semana escrevendo. Mas, costumo queimar tudo que registro. Pra mim, isso é purificador. Porém, escrevi o texto, gostei e vi que precisava dizer aquelas palavras". Assim disse ela referindo-se aos versos de Carta de amor (seu primeiro texto gravado em disco), encaixados entre a música e a poesia Paulo César Pinheiro.
A música em questão inspirou o título do álbum, cuja capa retrata uma árida paisagem do sertão nordestino. "Esse é o oásis de Bethânia. No sertão encontramos o silêncio. Lá falta tudo. É um limite imposto por Deus aos sertanejos, mas, ao mesmo tempo é um lugar amado por eles. Pra mim, isso é um fonte (de inspiração). Essa paisagem me põe no tamanho que eu sou", reflete.
Oásis de Bethânia se encontra em pré-venda no iTunes Brasil e já está entre os cinco mais vendidos. Também estará presente, a partir do dia 28 de março, em modernas ferramentas de comunicação como gadgets da Apple, com discografia, fotos, discografia e informações, no tradicional CD e em LP.
O disco conta com dez faixas, sendo cada uma arranjada por músicos diferentes. Algo inédito no jeito Bethânia de produzir álbuns. Entre os arranjadores estão Lenine, Djavan, Maurício Carrilho, Luciana Rabello, Hamilton de Holanda, Jorge Helder e André Mehmari.
O repórter viajou a convite da gravadora Biscoito Fino.
