Todo mundo tem um alter ego Roxette dentro de si. Mesmo que o “eu” romântico esteja escondido na adolescência dos anos 1980 e 90, seja ela vivida in loco ou retroativamente com ajuda das rádios entoando hits imortais. Quem foi ao show da banda sueca sexta, no Chevrolet Hall, reviveu os amores doídos e vividos intensamente em uma discoteca legítima. Mesmo depois de um tumor no cérebro ter invadido sua carreira artística em 2002, Marie Fredriksson (vocal) estava ali mais uma vez, com a simpatia de sempre mostrando que o romance ainda faz muito sucesso. A cantora recebeu ajuda da plateia saudosista, que emocionou nos coros.
No mesmo palco, o incansável Per Gessle (vocal, guitarra) ajuda no resgate dos hits. “Nós vamos cantar algumas músicas antigas hoje, vamos ver se vocês lembram”, desafiou o cantor. A sintonia dos dois protagonistas chega ao clímax na música Silver Blue, cantado em um romântico dueto.
O show foi do jeitinho que os fãs esperavam: estavam lá os preferidos das paradas de sucesso, Sleeping in my car, Spending my time, , Dressed for success, Stars, Its must have been love e a mais esperada da noite Listen to your heart,que a banda deixou para a volta elegante do final.
Depois da turnê brasileira, que também passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Curitiba, o grupo anunciou que provavelmente demorará um tempo para voltar ao país.
No lado debaixo do show, com uma faixa escrita Roxette na cabeça, Carla Muniz curtiu o show nos braços de seu companheiro. “Me emocionei muito, principalmente porque eu e meu marido oficializamos nosso namoro no show de Roxette há 22 anos, em São Paulo. E hoje estamos aqui, relembrando tudo”, confessou a empresária.