Um ótimo público compareceu à Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, para curtir as comemorações do centenário de Luiz Gonzaga, na quinta-feira (13). Às 20h, logo no início das apresentações, muita gente já cantava e dançava forró ao som de Karolinas com K, Ed Carlos, Fabiana, Carlinhos Arcoverde, Cilene Araújo, entre outros artistas que se revezavam no show batizado de Baile do Gonzaga.
Antes de subir ao palco, Fagner, a segunda atração da noite, atendia pacientemente nos bastidores a pedidos de fãs que queriam ser fotografados com ele. O músico também falou brevemente sobre o Rei do Baião. “É surpreendente a popularidade de Luiz Gonzaga, além de grande músico, ele foi meu amigo, influenciou não só minha obra como minha maneira de ver o Nordeste”, disse.
O repertório dele focou nos seus maiores sucessos. Canções como Revelação, Borbulhas de amor, Canteiros, Espumas ao vento, Noturno (coração alado) foram entoadas com entusiasmada emoção pela plateia – denominada por ele como o “seu coro”. De Gonzagão, poucas, a exemplo de Pau de arara e uma breve citação à Asa branca.
No camarim, o elétrico Alceu Valença considerou como bastante merecidas as homenagens ao centenário de Luiz Gonzaga. Mas, por outro lado, criticou veementemente a ausência na programação das rádios do som tanto de Gonzagão quanto daqueles artistas que, de uma forma ou outra, dão continuidade ao legado do filho mais conhecido da cidade de Exu. “Você vê um Silvério Pessoa que vai para Europa para poder mostrar o que ele poderia mostrar no Brasil. É uma verdadeira vergonha. O País está de cócoras diante do mau gosto, de um pop babaca, da glamurização de uma música idiota!”, disparou.
O repertório de Alceu Valença ficou dividido entre clássicos seus e de Luiz Gonzaga.
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