Lançamento

Cantor e compositor Publius em voo solo

Músico lança primeiro CD na Passa Disco

AD Luna
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AD Luna
Publicado em 16/01/2013 às 6:05
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O suposto senador romano Publio Lentulus é bem conhecido pelos espíritas e/ou leitores assíduos das obras de Chico Xavier. Ele está presente em Há dois mil anos, um dos best-sellers do espiritismo, e seria uma das encarnações de Emmanuel, o guia espiritual do mais famoso médium brasileiro. Foi inspirado nesse personagem que o pai de um artista pernambucano nomeou seu filho. A vida musical do cantor, compositor, violonista e guitarrista pernambucano Publius Lentulus Santos Figueiredo, 37 anos, que também é espírita, tem sido tão intensa que até soa estranho saber que só agora ele põe no mercado o primeiro álbum.

Afinal, seu nome é sempre associado a trabalhos de artistas como Geraldo Maia, Fim de Feira, Mula Manca e a Fabulosa Figura. Hoje ele lança seu disco Publius solo, às 19h, na loja Passa Disco, bairro do Parnamirim, com entrada aberta ao público. 

O CD foi concebido com o patrocínio do Funcultura e começou a ser produzido em 2009. A direção musical ficou a cargo de Pierre Leite, integrante da banda Chambaril. 

De acordo com Publius, a vontade de fazer um disco solo vem desde o ano 2000 quando ele se apresentou no Domingo no Campus, da UFPE, junto os amigos Juliano Holanda, Mozart Melo e Tomás Melo, entre outros. “Tocamos no mesmo dia que Mombojó (que à época ainda se chamava Mombojó Ragajá), Dona Cila do Coco e Lula Queiroga. Foi muito bom e tive a vontade de construir minha própria carreira”.

No entanto, o músico achou que “não era de bom tom” ir por esse caminho. O convite para tocar com a banda Azabumba e, em seguida, com o Rabecado também adiaram seu desejo. Com o passar dos anos, suas antigas aspirações foram ressurgindo juntamente com o incentivo de amigos. “Eu tinha várias músicas guardadas, mas que não cabiam em nenhum dos dois grupos. Elas estavam quietinhas, esperando para ser gravadas”, relembra.

Decisão tomada, chegou a hora de decidir por qual tendência musical ele deveria enveredar. De antemão, Publius pensou no que não trilhar. “Percebi que tinha muita gente no Recife fazendo afrobeat. Acho massa e tal, mas queria fugir disso. Decidi que queria ir na contramão disso”, diz. 

O músico se voltou então para o rock canção ao estilo dos Beatles, à psicodelia do Pink Floyd (principalmente a da fase dos primeiros álbuns, com Syd Barrett), ao som setentista de Alceu Valença, Lula Côrtes e Zé Ramalho e à melodia do Clube da Esquina. No disco, Publius investe no cruzamento de sonoridades acústicas e elétricas, o que lhe permitiu voltar a tocar guitarra.

Essas características estão bem expressas na bonita e viajante Pirâmides, a qual oferece ao ouvinte um tostão de voz da percussionista e baterista Lara Klaus, que em 2013 também deve investir em trabalho solo. O mesmo ocorre com Lembrar de si e seus teclados à Richard Wright, tecladista-fundador do Pink Floyd. O clima etéreo, espiritual é praticamente onipresente no agradável e bem amarrado esteticamente Publius solo

 

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