PONTE SONORA

Curumin mostra sua mistura de ritmos em bom show

O músico paulista veio para o Recife apresentar seu último trabalho, Arrocha, no Mercado Eufrásio Barbosa

Do JC Online
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Publicado em 15/04/2013 às 5:20
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Curumin tem uma longa experiência na estrada musical brasileira, tanto acompanhando outros artistas – de Arnaldo Antunes a Céu – como em seus trabalhos solos, que começaram há dez anos. No último sábado (13/4), o cantor e baterista foi a Olinda para fazer o primeiro show por aqui do seu mais recente disco, Arrocha, do ano passado, dentro da primeira edição do evento Ponte Sonora. O evento, no Mercado Eufrásio Barbosa, ainda teve shows de Sonic Junior e Bonsucesso Samba Clube. Mesmo sem um grande público, foi uma boa oportunidade para ver como, mesmo com a bateria como protagonista, o músico paulista consegue passear por diversos estilos musicais sendo original e leve em cada um deles.

Apesar dos portões abertos desde às 22h, o primeiro show só começou às 00h15 – parte do círculo vicioso de um público que demora a entrar e de apresentações que começam tarde. O primeiro, Sonic Junior, projeto do músico alagoano Juninho, ficou bem no palco, mesmo só com um homem: dividido entre tocar bateria, soltar samples, usar o djambe e cantar, ele traz para as batidas eletrônicas elementos melódicos da música popular, desde o rock até o samba, com covers de Tom Zé e Jorge Ben Jor. Quando a Bonsucesso Samba Clube começou a tocar, à 1h40, o Eufrásio já tinha um público maior. A apresentação teve momentos mornos – talvez o grupo ainda esteja pegando ritmo nesse retorno –, mas sucessos como O samba chegou e Meu jornal animaram o público durante mais de uma hora.

Curumin, por fim, começou seu show às 3h20 da manhã. Durante a apresentação, o músico paulista tocou bateria, seu instrumento principal, e também sintetizador, além de cantar. Curumin é parte de uma cena que continua a redescobrir as possibilidades do rock e da eletrônica, sem abandonar as batidas fortes, e podendo se misturar com reagge, dub, funk, carimbó e o que mais for possível. Compositor capaz, ele lidou bem com o pequeno público e soube fazer um show mais próximo dos presentes, baseados nas suas músicas recentes e de trabalhos anteriores – principalmente do Japan pop show, de 2008. Entre os destaques, as músicas Kyoto, Selvage, Treme terra, Caixa preta e Passarinho. No palco, ele toca acompanhado de um guitarrista e um baixista – a cantora pernambucana Catarina Dee Jah também participou em duas músicas, ajudando Curumin nos vocais.

Leia mais no Jornal do Commercio desta segunda (15/4)

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